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31 de janeiro de 2021
memórias e agora
30 de janeiro de 2021
constato
29 de janeiro de 2021
eu sou agora
28 de janeiro de 2021
recordando-me
27 de janeiro de 2021
tem dias
26 de janeiro de 2021
desabafo
25 de janeiro de 2021
filosofando-me
24 de janeiro de 2021
23 de janeiro de 2021
dias
22 de janeiro de 2021
é a vida
21 de janeiro de 2021
livre pensar
20 de janeiro de 2021
assim para dar
19 de janeiro de 2021
temporizado
18 de janeiro de 2021
o bicho
E com o aumento do frio tive de reacender a lareira. Vejo o dançar das labaredas e me deixo vaguear por sorrisos que sorrio sem tino que até parece virei maluquinho. Mas este dançar anacrónico faz-me pensar em toda a matemática que andei a estudar e que não sei se existe uma fórmula que preveja estas chamas no espaço e no momento. E fico para ali a conjecturar teorias, ypslons e xizes, elevações ao quadrado e integrais. Nada. Não acerto uma. Confino-me à ignorância momentânea e sorrio.
Há quem ande por aí a vaguear sem saber a formula mágica de passar ao lado desta pandemia e por ele paro o meu sorriso. Um que abusivamente vai ocupar o lugar de alguém que teve todos os cuidados porém inadvertidamente foi apanhado por um bicho que procura um momento que pode ser único do baixar a defesa. Bicho de tão pouco tamanho que até parece é maior que muitas inteligências raras que por aí abundam. E tem gente que só procura como fazer para contornar aquilo que foi pensado para lhe defender. Não do bicho, só mesmo das complicações que ele pode causar, directa ou indirectamente. Tem gente que se calhar precisa levar no corpo, viver mesmo sem ter qualquer liberdade porque o bicho parece tem mais inteligência.
A dança das chamas, aleatórias, me acalmam e me dizem que outra ditadura não, pois sou agora mais inteligente do que era faz anos passados e não é por causa duma centena de zerados mentais que eu vou ficar sem a minha liberdade de pensar.
Sanzalando
17 de janeiro de 2021
16 de janeiro de 2021
solidão acariciada
15 de janeiro de 2021
Soma de sorrisos
14 de janeiro de 2021
a minha lareira
13 de janeiro de 2021
instante
E aquecido neste ar por uma lareira que teimo manter acesa para que possa divagar em mares de pensamentos, oceanos de sonhos e rios de palavras. Neste pequeno instante, o suficiente para me matar as saudades que te sinto num ferver de desejo. Já não te vejo desde a outra ponta do sofá e já não te ouço desde o ultimo suspiro que te dirigi. Levanto o olhar e tento sustê-lo na horizontal na tentativa vã de te ver do outro lado do horizonte, para lá das nuvens que me encurtam a distância visual, para lá da minha alma dormente. Foi apenas mais um instantinho, o suficiente para te dizer que te quero como ontem num amanhã de sol, que te desejo mesmo no enrolado frio com que me tapo das dores do corpo. Afogo-me em afagos de carinho num manto de saudades.