Se está frio e o mundo se confinou vou fazer mais o quê para além de estar à lareira vagabundado por lugares idos ou por ir, pensamentos pensados ou a pensar, ideias tidas ou a ter, lugares comuns ou banalidades? Me anima a dança das chamas na sua anarquia delgada e assimétrica. Se eu soubesse uns mantras eu lhes cantava ao ritmo das chamas da minha lareira. Olhando a janela vejo que passa uma nuvem cinzenta carregada de água que irá deitar num lugar que nem tento saber qual. É rotina imaginar as nuvens passeando livremente pelos céus e ver as suas múltiplas formas e disformas alternando com céu limpo. Do lado de cá da janela não vejo o zulmarinho, apenasmente o posso imaginar e a julgar pelo que ouvi dizer ele hoje está que nem bravo, a calema lhe chegou e ele galga até na praia toda. Aqui, neste quente aquecido pela lenha da minha lareira, não tem tanto faz ou pouco importa. Aqui existe um amor que não acabou, uma vida que não terminou, um sorriso que não se fechou porque existe um vagabundo a pensar solto. Aqui existe um carinho grande, um ser feliz que felizmente vive, um mágico que nada sabe de magia, porque se deixa livremente passear pelos caminhos livres da vida. Não tem como parar esta liberdade de pensar.
Rádio Portimão
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