E com o aumento do frio tive de reacender a lareira. Vejo o dançar das labaredas e me deixo vaguear por sorrisos que sorrio sem tino que até parece virei maluquinho. Mas este dançar anacrónico faz-me pensar em toda a matemática que andei a estudar e que não sei se existe uma fórmula que preveja estas chamas no espaço e no momento. E fico para ali a conjecturar teorias, ypslons e xizes, elevações ao quadrado e integrais. Nada. Não acerto uma. Confino-me à ignorância momentânea e sorrio.
Há quem ande por aí a vaguear sem saber a formula mágica de passar ao lado desta pandemia e por ele paro o meu sorriso. Um que abusivamente vai ocupar o lugar de alguém que teve todos os cuidados porém inadvertidamente foi apanhado por um bicho que procura um momento que pode ser único do baixar a defesa. Bicho de tão pouco tamanho que até parece é maior que muitas inteligências raras que por aí abundam. E tem gente que só procura como fazer para contornar aquilo que foi pensado para lhe defender. Não do bicho, só mesmo das complicações que ele pode causar, directa ou indirectamente. Tem gente que se calhar precisa levar no corpo, viver mesmo sem ter qualquer liberdade porque o bicho parece tem mais inteligência.
A dança das chamas, aleatórias, me acalmam e me dizem que outra ditadura não, pois sou agora mais inteligente do que era faz anos passados e não é por causa duma centena de zerados mentais que eu vou ficar sem a minha liberdade de pensar.
Sanzalando
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