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10 de janeiro de 2022

delírio

Me deixa ver o mar e caminhar por filmes imaginados na minha cabeça. Vivo o filme que imaginei, o enredo que idealizei e me abstraio da realidade que me leva pela idade fora. No meu filme eu não envelheço, não tenho dores, não tenho o que não quero ter, o que não gostaria de ter ou viver. Vivo cada vez mais o meu filme, o que não quer dizer que me esconda da realidade, fuja dela ou esteja zangado com ela. É mesmo só uma forma de ir por aí numa viagem sem tempo nem barreiras de qualquer espécie.
É engraçado como o tempo voa quando vemos um filme que gostamos.



Sanzalando

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