Vou só por aí, num caminhar constante como quem busca uma certeza, uma direcção. Sou um caminhante de palavras, pouco me importa se secas ou versejadas, duras ou amolecidas pela não intenção de desmoronar fortalezas.
Quando a minha mente me tenta desmoronar eu grito mesmo que ninguém me ouça. Grito e corro na tentativa que as batidas do meu coração e o arfar da respiração cansada abafem essas palavras marteladas que eu não quero ouvir.
Quando me desespero no grito de medo, em que o coração parece ser maior que o involucro, eu desconfortado, paro e respiro silêncios até que a normalidade regresse e eu possa caminhar sereno no caminho do desejo.
Quando o caminhar se torna doloroso, quando os filmes negros se me escurecem o cérebro, me toldam a capacidade de raciocinar, apago as luzes das trevas com pensamentos de mar, com sons sonhados do marulhar.
Regressada a passada firme e serena, caminho por palavras adocicadas pelo coração calmo e tranquilo, fazendo passeios de fim de tarde.
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