A Minha Sanzala

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12 de janeiro de 2022

tempo

Me deixo levar pelo marulhar, numa marcha lenta e meditabunda, como quem tem tempo para gastar numa vagarosa vida pela frente. Afinal de contas já perdi o controlo do tempo e não sei quando irei estar no tempo do fundo da minha existência, àquele que eu não saberei quem sou, nem o que faço, quem fui ou onde estou. Desse tempo eu imagino que não há força para sair. 
Agora vou escalando o tempo, exigindo de mim aquilo que eu sei sou capaz. Naquela outra escuridão do tempo, bem lá no meu fundo, porque eu continuarei a ter o corpo presente em pensamento ausente, jamais saberei se estarei confortável ou não. Possivelmente nada me afetará, pouca importância terá o meu redor, pouco colorida está a minha visão. É desse tempo que eu tenho medo, mesmo imaginando que nele não darei importância ao todo ou aos pedaços de mim.


Sanzalando

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