Me sento a olhar o mar que revoltadamente se atira contra a praia deserta deste dia de inverno fresco por aqui.
Me abrigo dos medos e receios passados, encarando os sonhos e as ilusões futuras com emoção. Me resguardo dos gritos e suspiros usados, pedindo desculpas a mim mesmo por manter a esperança, por continuar a ver o mundo com os meus olhos desde o tempo que era criança.
Me defendo dos sonhos realizados, quase adormecendo neste resguardo de quem vê o mar em dia de inverno. Me protejo dos sonos alheios com um sorriso saudável e, quem sabe até, ingénuo e transparente.
Neste canto solitário, em que o silêncio é retocado pelo marulhar, me embalo em próximos futuros com a satisfação de sonhar.
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