É inverno e faz sol no lado de cá do meu mundo. Do lado de lá eu sei me faz muita saudade. Mas saudade não mata embora eu morra de saudade. Saudade não é doença embora ela doa no meu coração e me atormenta nos meus sonhos. Saudade é assim mais uma complicação, um nó, um aperto, uma dúvida, uma inexplicável onda de estar. Foi assim que aprendi que é preciso lidar com tanta coisa incluindo a saudade. Ela não nos pode destruir. Ela nos fere, mas não mata, embora eu morra de saudade.
Eu sei que quando subia a minha rua, era eu criança, ela era íngreme que até doía as pernas de chegar lá em cima. Agora ela parece até planou. Eu sei que eu cresci, me tornei mais alto e a vejo doutro ângulo. É como a saudade, tem outro ângulo para eu lhe ver, sentir e embalar no meu peito.
Eu tenho saudade antiga, tenho saudade recente e tenho também saudade do meio. Faz parte de mim. é bom sinal.
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