Quando vou ver o zulmarinho não consigo deixar a cabeça num travesseiro e levar só o corpo. Eu queria deixar o corpo navegar nas ondas, sem consciência nem pesos, sem ancoras ou amarras, sem pontos de referencia, sem nada. Apenasmente o corpo. Mas a verdade é que o pensamento é como esse oceano de mares, tem marés, tem ondas que vão e vêm e não param nem um segundo. Vou fazer mais como? Tenho mesmo que ir com esta versão de mim, versão transformada em cor de verão, de pensamento ligeiro e palavras descomplicada na forma rápida de me entender no tempo.
Vou só assim balançar o corpo no sabor da maré e fazer de conta eu sou um navio à deriva e ver se os pensamentos abrandam nos sonhos e desejos, nos quereres e vontades.
Vou boiar feito pedaço de mim.
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