Nem que morra o último poeta, o mais silencioso dos poetas, a canção de amor não para. Não poderia haver bailes sem canções de amor, não poderia haver romantismo sem poemas de amor, não podia haver magia sem poesia. Os pares de namorados não teriam com que falar, os zangados não teriam como exultar. Mesmo que digam que a poesia não literatura nem arte o que seria da vida sem rima, o que seria a saudade sem a paixão poética duma recordação?
Pena minha não ser poeta e escrever versos de encantar, trovas de enganar ou canções de apaixonar.
Ser poeta era um sonho, um fingir que me moldou, um vazio que enchi porque ser poeta não é um querer, é um dom. Não o tenho, pelo que rabisco crónicas de louvar à saudade positiva, ao amor como lição ou só ao tempo que o tempo me dá.
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