Me levo passeando por caminhos fora, às vezes meditando e outras apenas vagabundando. Maneira livre de estar na vida, sem amarras desamarráveis, sem ancoras inamovíveis, sem pensamentos escurecidos pela inércia do repouso ou o medo de os ter. Me dizem para esquecer o passado mas essa é a parte antiga de mim que me faz ter presente e chegar ao futuro. Vou esquecer a vida vivida? Deixa para outro, porque eu nem me consigo imaginar sem o meu querido e vivido passado.
Podia apagar um ou outro pensamento auto-destrutivo, mas ia ficar ali a faltar qualquer coisa e teria de dar um espaço ao branco tempo de um silêncio. Os silêncios são importantes, menos os silêncios de apagados, os buracos brancos safados ou sobrepostos.
Me levo com tudo o que tive, até os silêncios esquecidos pela memória.
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