Passei o dia a ver coisas banais na televisão. Hoje nem apetecia pensar. Hoje era dia 1 de um Janeiro, dia primeiro do inicio de alterações ao plano ontem feito. Para o ano e coisa e tal e zás, hoje se começa a alterar, adulterar. a desfazer e contradizer.
Ao fim dumas horas, combatendo a inércia com toda a força que me restava fui pôr o corpo a ver o zulmarinho.
O sol começava a deslizar suavemente para um horizonte pintado de cores alaranjadas. O zulmarinho me parecia transparente e me convidava à contemplação. O mundo submarino revelava os seus mistérios e tudo me parecia maravilhoso. À medida que as ondas se espraiavam na praia parecia que eu via as muitas cores mais do que laranja na areia brilhante da pouca água estendida. O sol parecia cada vez mais tocar o horizonte, mais a intensidade dos laranjas se deslizavam no zulmarinho. Um ou dois pares enamorados caminhavam na beira-mar. Eu mirava deslumbrado. Silenciosamente deixava-me embalar naquela beleza profunda.
Voltei para casa e imaginei a águarela que a minha imaginação tinha pintado no primeiro dia de um ano do resto da minha vida
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