Dias que se seguem normais, pegadas que duram a eternidade dum intervalo de ondas, silêncios interrompidos em marulhares, cores modificadas no espraiar do zulmarinho. Os dias passam lentamente no ritmo marcado pela suavidade das suas 24 horas, que nos parecem por vezes curtas e outras confusas, gripando o cérebro mais pensativo e alertando o menos trabalhadeiro. Coisas de dias que só cada dia é responsável por si mesmo. Há dias que nos parecem desgarrados, outros tem que nos são consoladores. Neste ritmo marcado pelo caminhar à beira-mar. Dias que se acumulam em imagens e palavras que se perdem intricadas nas redes de sonhos, ilusões e realidades, e que nos recordamos assim mais ou menos num momento inesperado. Nessa acumulação se forma o meu passado e parte deste meu presente que é agora mesmo. Se separam sonhos, ilusões, tristezas e pesadelos numa salada que se chama vida, mistura de saudade e unificação de futuro, tempo inexistente, infinito que está ali onde nem a ponta do dedo chega mas que logo, mais logo se pode ultrapassar para chegar noutro infinito que se segue e assim sucessivamente. Tempo inexistentes mas cheio de sonhos e tristezas, de magias e tempestades e que num segundo passa a fazer parte da acumulação do passado.
Enquanto caminho vou sonhando a minha vida como se estivesse a ver um filme em cinescope. A acumulação do tempo, de sonhos, ideias esperanças, cicatrizes e lágrimas que sabem a zulmarinho, mas sorrio porque estou a recordar a minha vida. Esta!
E continuo a caminhada a olhar para lá da linha recta que é curva, para o meu infinito!
Sanzalando em AngolaEnquanto caminho vou sonhando a minha vida como se estivesse a ver um filme em cinescope. A acumulação do tempo, de sonhos, ideias esperanças, cicatrizes e lágrimas que sabem a zulmarinho, mas sorrio porque estou a recordar a minha vida. Esta!
E continuo a caminhada a olhar para lá da linha recta que é curva, para o meu infinito!
Carlos Carranca e Amigos
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