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22 de maio de 2006

Regresso ao meu zulmarinho


Durante três dias andei a caminhar noutras praias, noutros finais deste zulmarinho, bebendo umas e outras birras loiras estupidamente geladas. A vã peregrinação de me fazer esquecer deste finalizinho de zulmarinho.
Contei as minhas estórias a gente boa que desconhecia por completo na presença física de lhes ver os olhos. Abracei corpos que só conhecia na virtualidade do conhecimento das minhas estórias. Ouvi estórias das minhas estórias fazendo corar o narrador de babado que ficou.
As birras loiras e estupidamente geladas que são nas vezes maiores usadas como lubrificador de goelas foram aqui usadas como branqueador de cores rosadas.
Três dias diferentes, sítios diferentes. Gentes diferentes.
Hoje voltei ao final do zulmarinho que sempre lhe conheci e com saudades dos que me ouviram nestes 3 dias diferentes.
Olha só que o zulmarinho lá em cima estava assim como de tão contente de me ter visto que parecia queria saltar barreiras para me acariciar. E o perfume de mar? Há quanto tempo não sentia assim o perfume do finalizinho do zulmarinho que era que nem igual ao início dele mesmo. Mas a diferença estava se ele me acariciasse eu ficava assim que nem paralelepípedo de gelo. Mas valeu a maresia que entrou no corpo e me alegrou.
Hoje estou de volta ao meu canto semi-lunar onde calcorreio as areias de mil cores e já lhe conheço os segredos.

Sanzalando Angola

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