Percorro a praia à espera que chegue alguém que queira ouvir as minhas estórias. Ninguém chega e dou assim comigo num pensamento de eterna dúvida. Me atiro ao mar ou rebolo na areia e me divirto?
Uma parte de mim gosta de sofrer. É essa parte quem mais conta as estórias que não tendo acontecido não deixam de ser verdadeiras. Essa parte de mim acredita que amores imperfeitos são as flores da estação. Ou de um apeadeiro entre duas estações.
Remexe feridas quase cicatrizadas, reama quem não merece amor, não ama como ela deveria ser amada e desenterra lembranças pelo simples prazer de sofrer duas vezes. Se amanhã fosse o dia dos namorados iria passá-lo desacompanhado, porque resolveria somente pensar nos amores eternos da juventude que não duram mais que o seu próprio tempo e num abrir e fechar de olhos se apagam tal e qual foram acesos. A mistura das duas partes de mim na sua luta constante. Racional e impetuoso. Faria uma breve análise dos factos e concluiria que se não pudesse passar o dia de amanhã com quem eu realmente sempre desejei, preferiria mesmo ficar só. Não para sempre, mas desta vez seria assim. Eu não tenho sorte no amor, então sigo esperançado jogando no euromilhões, pois não é possível que eu não tenha direito à minha quota de sorte no jogo.
A tal parte masoquista de mim hoje acordou deste jeito. Ouve repetidas vezes o mesmo CD, esse filho da mãe cujas músicas são como um bisturi cirúrgico penetrando no meu coração. Quem foi que deu ordem para eu arranjar um disco daquele tempo?
Eu como bolo quente, mesmo sabendo que vou ter dores de barriga. E ligo o meu pensamento para ela, sabendo mesmo que a seguir vou querer matar-me. Na verdade um bolo não faz tanto mal assim. Já pensar em ti traz consequências irremediáveis. Quase sempre. Hoje, por exemplo.
Continuo a passear na praia. Nem um segundo de vida passou e eu me divirto.
Uma parte de mim gosta de sofrer. É essa parte quem mais conta as estórias que não tendo acontecido não deixam de ser verdadeiras. Essa parte de mim acredita que amores imperfeitos são as flores da estação. Ou de um apeadeiro entre duas estações.
Remexe feridas quase cicatrizadas, reama quem não merece amor, não ama como ela deveria ser amada e desenterra lembranças pelo simples prazer de sofrer duas vezes. Se amanhã fosse o dia dos namorados iria passá-lo desacompanhado, porque resolveria somente pensar nos amores eternos da juventude que não duram mais que o seu próprio tempo e num abrir e fechar de olhos se apagam tal e qual foram acesos. A mistura das duas partes de mim na sua luta constante. Racional e impetuoso. Faria uma breve análise dos factos e concluiria que se não pudesse passar o dia de amanhã com quem eu realmente sempre desejei, preferiria mesmo ficar só. Não para sempre, mas desta vez seria assim. Eu não tenho sorte no amor, então sigo esperançado jogando no euromilhões, pois não é possível que eu não tenha direito à minha quota de sorte no jogo.
A tal parte masoquista de mim hoje acordou deste jeito. Ouve repetidas vezes o mesmo CD, esse filho da mãe cujas músicas são como um bisturi cirúrgico penetrando no meu coração. Quem foi que deu ordem para eu arranjar um disco daquele tempo?
Eu como bolo quente, mesmo sabendo que vou ter dores de barriga. E ligo o meu pensamento para ela, sabendo mesmo que a seguir vou querer matar-me. Na verdade um bolo não faz tanto mal assim. Já pensar em ti traz consequências irremediáveis. Quase sempre. Hoje, por exemplo.
Continuo a passear na praia. Nem um segundo de vida passou e eu me divirto.
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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