Chuvisca um molha tolos que até apetece ficar a olhar pela janela como um tolo a pensar em coisa nenhuma. Mas o outro tempo, o tempo dos afazeres não me deixa. Assim, nuns instantes que podem parecer eternos, me delicio com o ver o cair desta chuvita milimétrica enquanto deixo o pensamento vagabundar por silêncios, não porque são mais fáceis, não porque são indiferentes, não porque seja fraco, não porque canse menos, mas apenasmente porque em silêncio os pensamentos têm mais volume, são mais intensos, não se desgastam em fricções, em atritos e não interferem com o vazio das pessoas.
Aqui, chuviscando, me deito sobre a preguiça como se fosse uma fragilidade e descanso uns minutos, enquanto posso.
Sanzalando
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