Pedalei por caminhos imaginados sendo que uns eram areia outros alcatroados, calcorreei ruas da minha infância, conversei com amigos à distância e mantive a minha coerência, quando não tinha urgência. Dei abraços, socorri cansaços e acarinhei com o olhar que lhes olhei. Disseram era quarentena, eu contei mais que uma centena, as palavras que cantarolei numa canção que inventei, para o tempo passar sem se magoar, sem se riscar nos espinhos da estupidez tal era a nudez dos espíritos que encontrei.
Afinal de contas eu não queria versejar, nem tirar prova aos nove, apenas meditar para ver se se comove a gente que anda por aí a pastar, numa animada ignorância.
Eu parei para pensar e vi que um minuto pode mudar uma vida, até mesmo tirá-la. Um segundo, direi melhor.
Eu neste momento não tenho escolha. Mas eu sei que escolhia o mesmo caminho para chegar até aqui, ao pé de ti. Sorrindo, chorando, xingando, gargalhando eu fazia o mesmo caminho porque foi nesse caminho que cheguei aqui. E vou seguir o caminho que se faz caminhando, escolhendo, errando e acertando.
Sanzalando
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