E cá ando eu de inutilidade em inutilidade. A minha escrita é inútil. Uso-a como um inutensílio. A única razão que a uso é porque não preciso de me justificar. Gosto e pronto. Qual haveria de ser outra justificação? A minha escrita não tem um porquê ou uma razão de ser. É. Eu existo e nunca perguntei porquê. Sou. Gosto de caminhar, caminho. Gosto de me ler, escrevo. Gosto de viver, vivo. Jamais precisarei de uma outra justificação. Sou assim e depois? Inútil? E eu com isso?
Pouco me importa se quem nasceu primeiro se o ovo ou a galinha. Ambos, diria eu de que os gosto. Ontem faz parte do meu passado, amanhã do meu futuro, hoje é que é importante. Ontem foi inútil? Não, hoje sou assim porque tive um ontem. Muitos ontem. Cambada de inutilidades mantenho no meu passado. E espero ter no futuro. Eu quero ter futuro.
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