Tantas são as vezes que me perco nos meus caminhos. Começo por pensar ir por ali e quando dou por mim estou noutro lugar, noutro caminho, noutro horizonte. Se quero ver o mar eu vejo-o, mas raramente do sitio onde pensei que o ia ver. Se quero ver-me, entro por mim a fora e sigo-me por caminhos que às vezes me levam ao medo. Ao medo de mim. Ao medo do que posso tornar-me. Ao medo do fogo que arde em mim e que me pode devorar tornando-me cinza dos meus pensamentos.
Quantas vezes pensei que era incansável, interminável, imprescindível?
Eu tenho medo de me tornar nesse buraco negro da minha existência permanentemente. Eu gosto de me ver ao espelho e me reconhecer. Detestaria um dia olhar-me e ver um vazio nos olhos. Eu tenho medo de descobrir que eu não existi, fui um bocado da minha imaginação.
E comecei eu hoje a pensar em seguir um rumo predefinido e já me perdi em vagabundagem mental.
Acho vou refazer-me por uns instantes.
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