Se me deito na areia húmida duma praia de sonhos viajo através da memória e outras vezes fico na dúvida se sou eu a imaginar realidades sonhadas ou delírios da idade avançada. Pertinho da minha casa, à frente da nova Casa de Saúde, há a casa Do Sr. Martins. Sonhei ou é realidade do tempo em que eu guardo na memória? Lá tinha duas figueiras que davam figos brancos de pingo de mel. Desconheço se é nome verdadeiro ou nome de baptismo dado por nós. Quem é que nunca os foi lá gamar às escondidas do Sr. Domingos, velho guarda que já não tinha idade para trabalhar num trabalho sério. Para agravar a situação ,no passeio havia as castanheiras com castanhas, cujo o nome não deve ser esse porque neste lugar as castanhas são outras coisas. Mas quem é que está interessado nos nomes quando lhe sabe bem o que é que era? Quem foi que nunca lhes tentou tirar com pau, trepando ou atirando pedras? Ninguém responde? Eu me lembro de um só nome que nunca foi lá. O Rui Miranda.
Coisas fantásticas há na memória da gente. Imaginação, sonho ou delírio? Pouco importa, é o meu passado passado a pente fino
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