Hoje ganhei um dia de não caminhar. Alguma coisa me fez mal e só apetece estar de olhos fechados e procurar o silêncio total. Com base nisso, hoje não ia fazer nenhum trilho de palavras, não ia brincar aos últimos dias de verão. Ia mesmo só ficar assim quieto que nem pedra fora da estrada. Hoje para além das palavras não saírem, o sorriso também se esconde atrás duma face de dor. Hoje quase esqueço o mundo real e procuro o ficcional, o silêncio de estar parado na quietude total, os olhos desbrilhados aprecem fúnebres vazios de solidão.
Mas vejo um restinho de sol porque penso que há um amanhã que vai tapar este hoje.
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