É manhã cedo e o sol que já não é de verão timidamente vai aparecendo. Eu por cá vou caminhando, tropeçando em palavras, ideias, sonhos e delírios. Faço um esforço para que as preocupações e os desânimos não me provoquem grandes tensões. Caminho tentando saber para onde vou, inspirando profundamente para me inspirar para o caminho que há de aparecer pela frente.
Se eu agarrasse um livro eu só iria saber que tinha feito uma boa ou má escolha depois de o ler. Neste caminhar acontece exactamente o mesmo. Procuro caminhos que me levem o cérebro para um espaço de liberdade e se puder também de felicidade, subjectividade ao alcance de qualquer desejo, sempre acompanhado de conhecimento, porque esta bagagem não ocupa espaço e não pesa.
Nestas caminhadas eu vou buscar o estímulo ao meu exterior mas a motivação é interna, minha, pessoal e intransmissível. As boas ideias não surgem do nada e todos os estímulos são para agarrar. A alma tem de estar feliz.
É manhã cedo e me apetece caminhar sem comparar com caminhos já percorridos.
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