A Minha Sanzala

no fim desta página

11 de setembro de 2021

recordando passados reais

Eu e mais alguns faltamos às aulas. Não era normal mas também não era mesmo comum. Tinha dias. Não fomos à praia nada, não fomos ver a miúdas do Lubango que vem sempre neste mês de março ganhar uma cor para o tempo agreste do planalto e azucrinar a cabeça destes pacatos membros desta pacata cidade. Elas vêm sempre de nove horas armadas em importantíssimas e bonitas. Bonitas são... e armadas em duronas também. Desligam-se da gente que até parece a gente tem feiesa na cara.
Não senhora, fomos só para o Aero-Club - Rua dos Pescadores- jogar bilhar. Perde paga e não tem discussão. O Reis joga para caramba, eu também, o Zé Pedro, o Victor, irmão do Zé da Fisga e mais uns quantos que às vezes aprecem vindo dos Magriços desafiar a gente parece é rivalidade de rua. Se instiga e vai novo jogo. Já disse nomes mas ainda falta uma camioneta deles. Tem mais velhos e tem mais novos. Eu estou nestes últimos mas jogo bué. Quer dizer, tem dias. Mas antes fui comer um pastel de nata à Oasis.  O sr. Reis põe na vitrine cerca das 11 horas um tabuleiro deles bem quentinhos que marcham que até parece é do outro mundo. Ué, alcatrão está quente e tem tampinhas soldadas a quase desaparecer na quentura. Se eu andasse descalço ia ser bonito. Mas nonkacos me protegem. 
Hoje o jogo não me está a correr de feição. Dou tão finas que até parece passam ao largo. É cada viela que hoje só sorte nos amores. Vou mas é até ao Liceu que tem lá as Garinas bonitas das de cá que nos olham como gente, mesmo as que só ligam mesmos aos mais velhos... 
Cresce e aparece, miúdo. Filho da Lavadeira tem destas coisas, se eu fosse sanguito tinha outra visão e conhecia mais que as ruas da minha cidade. Quer parecer mais do que é. Que aconteceu mesmo? Chumbou! E tudo isto foi no liceu e aconteceu mesmo...


Sanzalando

Sem comentários:

Enviar um comentário

Podcasts

recomeça o futuro sem esquecer o passado