"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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2003
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Uma estória verdadeira (33) Hoje, 20:36
Forum: Conversas de Café
Volta na mesa grande e na mesa grande se tiram fotos, se trocam gargalhadas e se marcam encontros novos. Agenda vai ter que ser mesmo de elástico para caber tanta marcação.
Nesta hora de despedida chega miúdo de outras eras que vem com sua dona. Desconseguiram lembrar de mim. Vais ver não tomam as vitaminas cerebrais ou então estão com medo eu lhes vá pedir uma camita ou camisa. Eu sei é mesmo é falta de memória. Lhes cumprimentei também com um seco olá, assim eu estivesse a beber um seco matini. Andámos noutras conversas que as gentes que nem são iguais aos demais e parágrafo.
O sol se está deitar por trás da ilha que afinal é península. Qual cóboi do faroeste saco da máquina e desato nos disparos. Mais um Pôr-do-Sol lindo para a minha colecção.
Depois de ouvir o brum do cair da noite, cada uns nos seus carros se dirigiram para os seus territórios. Eu e minha comitiva que era composta mesmo por 4 pessoas temos de atravessar Luanda de um lado no outro. De sul para norte. Viagem é rápida dentro do rápido que é andar em Luanda.
Como eu gosto de te passear na noite.
Chegados lá no Cacuaco, se aqueceu um muzungué e foi verter umas outras enquanto mana de coração fazia um chá de hortelã. Mais uns dedos de conversa. Porque é que a gente tem 20 dedos e fica na conversa até às tantas se amanhã tem outra vez de acordar cedo e dar as voltas que as voltas têm que ser dadas dentro dos dias do calendário. Esse não é elástico como minha agenda. Mas temos pena, isso temos. Noite dormida que nem chumbo. Também com tanto exercício feito ontem querias mais como? Nova jornada nas ruas estreitas que se alargam á noite. É verdade, são tão estreitas que quatro carros não cabem lado a lado mas lá andam. De noite é bem mais bonito. Verdade verdadinha diria a minha avó se estivesse aqui a contar-vos esta estória. Prontos, ela não está eu continuo só com ela na lembrança. Hoje deu para reparar que as bichas na gasolina é mesmo bué de grande e não tem falta nem uma vez só. Porque é que tem sempre bicha ainda nesta coisa? Me respondem que não sabem nem compreendem mas que ultimamente é assim. Pronto, fiquei esclarecidamente ignorante na matéria. Já sei, são muitos carros a meter 100 kz e depois dão a volta e voltam outra vez. Gostam de estar ali na conversa. Vais ver é isso e não mais que isso e já estava eu a imaginar um filme. Ou então as bombas são poucas para tanta cidade. Mas eu lhe vejo tantas. Mesmo assim vamos fazer mais como? Fica na bicha e te aguenta. Cumprida mais esta maratona há que vir á tona e cambiar de sentido para ir mais directo ao assunto de hoje. Mais uns Serviços Públicos a visitar e tratar uns trecos, pouca coisa se diga. Mas visita de estudo tem destas coisas. Vais falar mais do quê se não souberes. Vais falar só de ouvido? Ainda por cima sabes alguma nota de música? Tens mesmo de tocar em pauta. Pensavas vinhas aqui ficar refastelado ao sol? Pois é, pois. Mas não ficas. Se consegue mais um degrau
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
carranca
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Volta na mesa grande e na mesa grande se tiram fotos, se trocam gargalhadas e se marcam encontros novos. Agenda vai ter que ser mesmo de elástico para caber tanta marcação.
Nesta hora de despedida chega miúdo de outras eras que vem com sua dona. Desconseguiram lembrar de mim. Vais ver não tomam as vitaminas cerebrais ou então estão com medo eu lhes vá pedir uma camita ou camisa. Eu sei é mesmo é falta de memória. Lhes cumprimentei também com um seco olá, assim eu estivesse a beber um seco matini. Andámos noutras conversas que as gentes que nem são iguais aos demais e parágrafo.
O sol se está deitar por trás da ilha que afinal é península. Qual cóboi do faroeste saco da máquina e desato nos disparos. Mais um Pôr-do-Sol lindo para a minha colecção.
Depois de ouvir o brum do cair da noite, cada uns nos seus carros se dirigiram para os seus territórios. Eu e minha comitiva que era composta mesmo por 4 pessoas temos de atravessar Luanda de um lado no outro. De sul para norte. Viagem é rápida dentro do rápido que é andar em Luanda.
Como eu gosto de te passear na noite.
Chegados lá no Cacuaco, se aqueceu um muzungué e foi verter umas outras enquanto mana de coração fazia um chá de hortelã. Mais uns dedos de conversa. Porque é que a gente tem 20 dedos e fica na conversa até às tantas se amanhã tem outra vez de acordar cedo e dar as voltas que as voltas têm que ser dadas dentro dos dias do calendário. Esse não é elástico como minha agenda. Mas temos pena, isso temos. Noite dormida que nem chumbo. Também com tanto exercício feito ontem querias mais como? Nova jornada nas ruas estreitas que se alargam á noite. É verdade, são tão estreitas que quatro carros não cabem lado a lado mas lá andam. De noite é bem mais bonito. Verdade verdadinha diria a minha avó se estivesse aqui a contar-vos esta estória. Prontos, ela não está eu continuo só com ela na lembrança. Hoje deu para reparar que as bichas na gasolina é mesmo bué de grande e não tem falta nem uma vez só. Porque é que tem sempre bicha ainda nesta coisa? Me respondem que não sabem nem compreendem mas que ultimamente é assim. Pronto, fiquei esclarecidamente ignorante na matéria. Já sei, são muitos carros a meter 100 kz e depois dão a volta e voltam outra vez. Gostam de estar ali na conversa. Vais ver é isso e não mais que isso e já estava eu a imaginar um filme. Ou então as bombas são poucas para tanta cidade. Mas eu lhe vejo tantas. Mesmo assim vamos fazer mais como? Fica na bicha e te aguenta. Cumprida mais esta maratona há que vir á tona e cambiar de sentido para ir mais directo ao assunto de hoje. Mais uns Serviços Públicos a visitar e tratar uns trecos, pouca coisa se diga. Mas visita de estudo tem destas coisas. Vais falar mais do quê se não souberes. Vais falar só de ouvido? Ainda por cima sabes alguma nota de música? Tens mesmo de tocar em pauta. Pensavas vinhas aqui ficar refastelado ao sol? Pois é, pois. Mas não ficas. Se consegue mais um degrau
Sanzalando em Angola
Carlos Carranca
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