"Fio": Um café na Esplanada
carranca
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Uma estória verdadeira (37) Hoje, 22:10
Forum: Conversas de Café
Temos hoje para preparar tudo que amanhã é mesmo como que o dia de partir. E não te esqueças que logo ainda temos que ir jantar na casa do primo que não lhe vejo passa dos 30 anos. Percebes alguma coisa de mecânica? Respondo prontamente com um não. Sei ver o ar dos pneus e meter combustível. E me ponho a pensar que mesmo lá na Europa se avaria o carro numa das brutas estradas a primeira coisa que faço é mesmo abrir o capot do motor e olhar. Mais que isto nem sei fazer. Então para quê que abres o capot? Sei lá. Acho é mesmo reflexo condicionado. Pode ser uma corrente de ar nele lhe faça espirrar e se pôr em andamento. Sei lá. Perguntas cada coisa. Nessa parte mermão ficou esclarecido. Só mesmo ele podia desenrascar se tivesse que ser. Vamos na SISTEC ver essa coisa de satélite e coisa e tal? Achas mesmo que é preciso? Sei lá. Falo porque eles disseram essa coisa. Mas tas a perguntar a um móvel dependente porquê? Achas que não? Faz mesmo assim como quiseres que eu estou que nem aí. Decisão tomada. Vais mesmo só com o telemóvel e onde ele tiver rede ligas. Se aproveita esta conversa de linhas e redes e se liga para uns cambas conhecidos ao longo da linha traçada por nós num mapa decorado. Conhecer de conhecer olhos nos olhos a gente não conhece os cambas, mas conhece doutras formas de conhecer e se criar amizade que não só é bonita como cria cumplicidades de um sistema de códigos internos nossos como também uns quês de mistério que se vai desvendar quando olho no olho se disser eu sou este e tu és mesmo tu. Voltando ao mapa para dizer que o que a gente tinha dava mesmo para ver só se tiver parede para pendurar ele, é mesmo daqueles mesmo que tem na sala de escola. A gente não sabe quando chega e nem sabe onde a gente vai passar, mas a gente vai passar nalgum sítio isso a gente sabe que vai. Agora parar é que é mesmo a incógnita. Mas assim a gente possa a gente te avisa. Era assim mais ou menos os telefonemas feitos
Sanzalando em AngolaCarlos Carranca
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