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11 de janeiro de 2006

Uma estória verdadeira(36)



Fio": Um café na Esplanada

carranca
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2015
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50711
Uma estória verdadeira (36) Hoje, 22:48
Forum: Conversas de Café
Que vale é que a agenda que está bem organizada pela secretária, que tal como os semáforos, é invisível nesta estória, mas funcionante e eficaz. Sem ela não era possível cumprir todos estes horários e correr todas as ruas e vielas, subir todas as escadas e percorrer todos os caminhos que seguem numa rota definida ao sabor de ventos e marés. Todos os assuntos estão tratados em Luanda. Todos penso eu, mas enganadamente, como demonstrarei mais lá para a frente se ainda me lembrar.. Mas agora é mesmo hora de preparar a viagem rumo ao Sul. Avião ou carro? Meio mundo diz é melhor mesmo ir de avião. Outro meio não diz nada porque não lhes perguntei. Mermão do coração diz afirmativamente, não dando mesmo meio de dizer que não, vamos de carro e no meu. O ‘Tico’, lhe chama ele, está ali mesmo na espera de nos pôr no caminho cate parece é verdade, pois cada vez que passo na frente dele sinto ele a dizer baixinho para lhe escolher. O meio mundo que fala diz mesmo que as estradas estão más, tem muito buraco e pouco alcatrão. Vão andar quilómetros e não ver ninguém, se tem uma avaria como é que vai ser? Tem isto e mais aquilo. Por ali não dá que demoram muito mais tempo, por lá não vale nem pensar. Camba que está que nem habituado de todos os fins de semana ir nessa coisa de 4 vezes 4 ou sei mesmo como fazem, diz que se eu fosse vocês, sozinhos, não ia. Mas mermão do coração diz só que não tem férias vai nos 3 anos e que se for para ir no ‘Tico’ ele que vai, que tira as férias. Eu cá dentro estou mais que entusiasmado mas não lhes mostro. Não lhes quero influenciar nos conselhos que afinal fui eu mesmo quem pedi. Amanhã vamos mesmo ver tudo bem direitinho que a decisão de ir para sul é mais importante que mesmo o modo que ir. Mas eu que sempre vivi mesmo no alcatrão, que na areia do deserto não andei mais que umas quantas noites, que nas picadas do mato andei pouco mais que uns mil quilómetros, sempre no referido dito cujo sul, no tempo em que ainda não pensava ou se pensava, pensava mal, mas isso é outra estória que não é para misturar com esta, porque não tem ponto de união entre ambas e só ia mesmo aumentar mais a confusão que já vai na minha cabeça. Falta telefone satélite, falta assistência em viagem, falta bússola, canivete suíço, falta água e gasóleo. Por mim decisão que está mais que tomada, desda a primeira hora em que via electrónica se falou disso. Mermão, depois de dormir sobre o assunto a decisão está tomada na unanimidade de mim e eu. Vamos mesmo no ‘Tico’

Sanzalando em Angola
Carlos Carranca

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