Vamos fazer mais como então? Se continuo aqui na beira do zulmarinho, acabo por ficar com uma doença, na melhor das hipóteses uma pneumonia, na pior uma psicose melancólico-depressiva.
O melhor mesmo é voltar a sentar no sofá, ver o mundo correr num pequeno ecran, que não é LSD mas que parece isso parece.
O raio do frio parece que está a chegar assim num repente desavisado e aqui não está mesmo confortável para te falar. Nem te vejo, ó sombra colada a mim no teu silêncio de ouvires-me falar com ouvidos de atenção das saudades do lado de lá da linha recta que é curva.
Vamos para o sofá. Não vamos precisar da lareira ainda, mas vai-nos faltar mesmo é o marulhar que me segreda as estórias verdadeiras, mesmo as que não existiram.
Vou tentar falar-te com o mesmo gosto, com a mesma emoção, mas tenho a certeza que não me ouvirás com tanta atenção como me ouves aqui. Sempre se pode olhar mais longe, sempre a gente pode se distrair com uma onda diferente das outras, e mais coisas que aqui ao ar livre sempre podem acontecer. Lá, confinados no pequeno ecran, a gente só vê e ouve o que eles querem que a gente veja ou ouça.
Mas vamos fazer então mais como? Vir caminhar aqui, no tracejado que separa o zulmarinho da areia de mil cores assim de casaco e outras coisas que fazem a gente parecer mais gordo?
Acho mesmo que aqui a gente vem só numa de fugir no tempo de ouvir uma mukanda ou o cantar de uma kianda, depois a gente corre no sofá e fala de coisas boas, mesmo se tiver que desligar o ecran.
Sim, porque eu não ia nunca conseguir viver sem olhar essa azul desse zulmarinho que termina aqui mas começa lá onde pára o meu coração. Eu desconsigo largar-me desse mar de lágrimas que nos separa mas nos liga num interminável sonho de viver, coração com coração.
Anda, vamos caminhar através do nosso silêncio enquanto não arrefece mais assim insuportável e descomodamente. Vamos caminhar e apanhar assim como se fosse a última brisa com perfume de maresia.
O melhor mesmo é voltar a sentar no sofá, ver o mundo correr num pequeno ecran, que não é LSD mas que parece isso parece.
O raio do frio parece que está a chegar assim num repente desavisado e aqui não está mesmo confortável para te falar. Nem te vejo, ó sombra colada a mim no teu silêncio de ouvires-me falar com ouvidos de atenção das saudades do lado de lá da linha recta que é curva.
Vamos para o sofá. Não vamos precisar da lareira ainda, mas vai-nos faltar mesmo é o marulhar que me segreda as estórias verdadeiras, mesmo as que não existiram.
Vou tentar falar-te com o mesmo gosto, com a mesma emoção, mas tenho a certeza que não me ouvirás com tanta atenção como me ouves aqui. Sempre se pode olhar mais longe, sempre a gente pode se distrair com uma onda diferente das outras, e mais coisas que aqui ao ar livre sempre podem acontecer. Lá, confinados no pequeno ecran, a gente só vê e ouve o que eles querem que a gente veja ou ouça.
Mas vamos fazer então mais como? Vir caminhar aqui, no tracejado que separa o zulmarinho da areia de mil cores assim de casaco e outras coisas que fazem a gente parecer mais gordo?
Acho mesmo que aqui a gente vem só numa de fugir no tempo de ouvir uma mukanda ou o cantar de uma kianda, depois a gente corre no sofá e fala de coisas boas, mesmo se tiver que desligar o ecran.
Sim, porque eu não ia nunca conseguir viver sem olhar essa azul desse zulmarinho que termina aqui mas começa lá onde pára o meu coração. Eu desconsigo largar-me desse mar de lágrimas que nos separa mas nos liga num interminável sonho de viver, coração com coração.
Anda, vamos caminhar através do nosso silêncio enquanto não arrefece mais assim insuportável e descomodamente. Vamos caminhar e apanhar assim como se fosse a última brisa com perfume de maresia.
Sanzalando
Uma boa alternativa essa do sofá... mas não te esqueças duma grande janela voltada para o zulmarinho.
ResponderEliminarSJB
Viva Carlos:
ResponderEliminarTens de ver a coisa de outro modo e partir do princípio que esse mar é para unir e não para separar.
Um abraço,