Uma manhã Henda resolveu passear sozinho no ôbô, encontrou um crocodilo que lhe disse:
- Ensina-me o caminho do rio porque eu me perdi.
O Henda respondeu:
-Para te levar até à beira do rio, não tenho confiança em ti.
Respondeu-lhe o crocodilo:
- Não duvides de mim porque não estou a enganar-te, mas, se não acreditas, amarra-me as mãos e as patas.
Henda assim o fez e depois carregou o crocodilo à cabeça.
Quando estavam perto do rio, Henda disse ao crocodilo:
- Como já chegamos, vou pôr-te no chão. A seguir, desatou as cordas com que o amarrara.
Logo que Henda voltou as costas, o crocodilo apanhou-o.
- O que queres fazer? interrogou Henda
- Quero comer-te – respondeu o crocodilo e, carregando com Henda marchou para o rio.
Encontraram uma avó.
Então Henda disse:
- Tenho a certeza de que me vais comer, mas deixa-me chamar esta avó para eu lhe contar o bem que te fiz e a paga que tu me dás.
Henda então contou o sucedido:
- Tratei bem este crocodilo e ele quer matar-me.
A avó respondeu:
- Isso não tem importância, porque no mundo, hoje em dia, quem faz bem só recebe ingratidões. Repara no que sucede comigo. Quando era nova, bonita, todos me galanteavam; hoje, que estou velha e cansada, ninguém me ajuda.
Virando-se para o crocodilo, continuou:
- O mundo é assim, leva-o!
O crocodilo entrou na água com Henda. Ao mesmo tempo. Apareceu, na margem do rio, uma lebre.
Henda então falou ao crocodilo:
- Espera. Eu vou chamar a lebre para ela ser também testemunha do que me fizeste.
Novamente Henda relatou à lebre o que se passara.
A lebre, surpreendida com a inocência de Henda, respondeu:
- Tu tens muita coragem. Como é que te atreves a ajudar o crocodilo?
Henda respondeu:
- Andei com precaução, porque, quando o transportei até ao rio, lhe amarrei as patas e as mãos.
- Não! Isso que tu me dizes, eu não acredito. Explica-me bem como é que fizeste.
O crocodilo tornou a pôr as mãos e as patas para trás e Henda amarrou-o.
- Como é que o carregaste? – perguntou a lebre
Henda arranjou uma rodilha e pôs o crocodilo à cabeça. Fez tudo isto sentado e só depois de ter a carga à cabeça é que se levantou.
Nessa altura, a lebre voltou a indagar:
- Então o teu pai nunca comeu crocodilo? E a tua mãe?
- Gostam, respondeu Henda, e costumam comer.
- Então carrega com ele e leva-o para casa, insistiu a lebre, e terminou:
- quem procedeu como o crocodilo é a paga que merece.
É bem verdade que a sagacidade domina a força
eheheheheheheheheheheheheheheh
Sanzalando em mc
Ei amigo,
ResponderEliminarmuito boa a estória. Faz lembrar um chapezinho vermelho, só que mais inteligente.