Caminho sentado na poltrona, esculpida na rocha pelos anos deste final de zulmarinho.
Sigo com os olhos a linha recta que é curva e navego-me por sonhos e filmes imaginários. Tu segues-me como sempre o fazes. Carregas a minha área com o teu silêncio, a tua presença carrega-se de ar com perfume de paixão.
Eu necessito-me de uma mistura de prazer e relaxamento. Um ritual transcendental, que me afaste do ruído mundial. Afasto-me sentando e caminhado por dentro de mim, transladando-me para fora deste mundo, entrando no meu mundo.
Sigo-me por lombadas de livros lidos transbordando-me de alegria de os ter tocado e me lembrar, percorro estantes infinitas de coisas escritas e faladas noutros dialectos e sons, mistura de cores e perfumes, aromas vividos e pensados noutras épocas por outras gentes.
Percorro sonhos que mereciam ver um vez ao menos a luz do dia.
Percorro livros imaginados numa linguagem de gente que pensa como fala ou que fala como pensa.
Percorro as falas faladas por mim.
Caminho sentado na poltrona com os olhos fixos na linha recta que é curva e me curvo com as lágrimas a correrem cara abaixo.
Estás comigo mas é dela que estas lágrimas têm o sabor.
Estes livros, estes sonhos e estes filmes são dela. Afinal de contas que mais sou eu se não dela?
Sanzalando
Sigo com os olhos a linha recta que é curva e navego-me por sonhos e filmes imaginários. Tu segues-me como sempre o fazes. Carregas a minha área com o teu silêncio, a tua presença carrega-se de ar com perfume de paixão.
Eu necessito-me de uma mistura de prazer e relaxamento. Um ritual transcendental, que me afaste do ruído mundial. Afasto-me sentando e caminhado por dentro de mim, transladando-me para fora deste mundo, entrando no meu mundo.
Sigo-me por lombadas de livros lidos transbordando-me de alegria de os ter tocado e me lembrar, percorro estantes infinitas de coisas escritas e faladas noutros dialectos e sons, mistura de cores e perfumes, aromas vividos e pensados noutras épocas por outras gentes.
Percorro sonhos que mereciam ver um vez ao menos a luz do dia.
Percorro livros imaginados numa linguagem de gente que pensa como fala ou que fala como pensa.
Percorro as falas faladas por mim.
Caminho sentado na poltrona com os olhos fixos na linha recta que é curva e me curvo com as lágrimas a correrem cara abaixo.
Estás comigo mas é dela que estas lágrimas têm o sabor.
Estes livros, estes sonhos e estes filmes são dela. Afinal de contas que mais sou eu se não dela?
O romantismo corre na sua veia, hein, amigo? Muito bela prosa.
ResponderEliminar