Tem gente, que nem eu, que se vai acostumando com as rotinas, vai entrando nos funis da vida e se espremendo até ficar assim num modo de ser quase nada que nem desconfia. Fica indo mas não vai, sem reflectir bem reflectido no que afinal está a acontecer. Só quando alguém bate com as botas uma na outra é que a gente dá uma olhada em volta com um olhar vazio e desinteressado. E esse olhar, ainda por cima, dura pouco, um quase nada. É que o tempo é curto e o mundo já aprendeu que filosofar, só sabendo alemão ou coisa parecida. Então, por ser assim, a gente vai deixando um dia nascer atrás do outro, sem perguntar nada de coisa nenhuma. E também, ia perguntar depois para quem mais? Não há nunca ninguém para dar uma resposta pequena que fosse sobre uma dúvida por mais pequena que seja. Daí que tem gente que vai inventando leitura de cartas, signos e outros mapas astrais e essas coisas todas para ver se descobre um assim assim qualquer.
Descobre, qual quê, qual nada.
Eu, que fico aqui caminhando num falar-te constante sobre essas coisas todas do meu universo, envolto nas minhas minhocas cerebrais, nos sonhos e outras aventuras de além mar, qual cabeça de vento fervendo num caldeirão de ideias que fica num morno que nem aquece, ainda não descobri o meu rumo, o meu norte que fica para os lados do sul numa rosa dos ventos desorientada.
Eu, que te conto as minhas intimidades, te digo que em cada dia que nasce me apetecia nascer e crescer outra vez, sempre diferente numa igualdade de imaginação e parlação, desnecessitando de saber o bioritmo, o signo e outras ajudas desajustantes, me encontro na fase vazia de rumo, levando no cangaço as rotinas de funis afunilados, sorrisos apagados, azias e outras maleitas desfeitas nos pedaços de sonhos que esvoaçam ao vento.
Sabes que ouvi de fonte límpida e potável, que o universo anda a querer se expandir. E para onde dá mais para ele ir? Para onde mais o universo se vai espalhar? Pois se eu aprendi que o universo é infinito, ele vai fazer mais como? Então daria para ele ser mais infinito do que o infinito?
E eu aqui, espremido no funil da vida e o universo cheio de mundos, de sóis, de estrelas, buracos negros e sabe-se lá mais o quê, se esparramando mais pelas bandas de lá?
E eu aqui carregando sonhos num curvado corpo cansado de ultrapassar os funis desta vida lutando para não morrer sem viver o meu sonho, e o universo vem me dizer que é um crescimento constante, que até me dá vontade de ir ver. Ir ver para crer. E se fosse mesmo verdade que o infinito existe e que anda querer ser mais infinito, eu daí sim desistia de tudo e passava a ser só um existe mais no universo, um simples e singelo pedacinho de infinito.
Mas a coisa pior é que a mona ferve num fervilhar constante que fico a querer pensar, esquecendo o trabalho que isso dá.
Na verdade existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir para que serve o Universo e porque é que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável.
Vais ver que isso já aconteceu.
Te mereço uma birra estupidamente gelada e a tua companhia para ver o por do sol neste final de zulmarinho.
Sanzalando
Descobre, qual quê, qual nada.
Eu, que fico aqui caminhando num falar-te constante sobre essas coisas todas do meu universo, envolto nas minhas minhocas cerebrais, nos sonhos e outras aventuras de além mar, qual cabeça de vento fervendo num caldeirão de ideias que fica num morno que nem aquece, ainda não descobri o meu rumo, o meu norte que fica para os lados do sul numa rosa dos ventos desorientada.
Eu, que te conto as minhas intimidades, te digo que em cada dia que nasce me apetecia nascer e crescer outra vez, sempre diferente numa igualdade de imaginação e parlação, desnecessitando de saber o bioritmo, o signo e outras ajudas desajustantes, me encontro na fase vazia de rumo, levando no cangaço as rotinas de funis afunilados, sorrisos apagados, azias e outras maleitas desfeitas nos pedaços de sonhos que esvoaçam ao vento.
Sabes que ouvi de fonte límpida e potável, que o universo anda a querer se expandir. E para onde dá mais para ele ir? Para onde mais o universo se vai espalhar? Pois se eu aprendi que o universo é infinito, ele vai fazer mais como? Então daria para ele ser mais infinito do que o infinito?
E eu aqui, espremido no funil da vida e o universo cheio de mundos, de sóis, de estrelas, buracos negros e sabe-se lá mais o quê, se esparramando mais pelas bandas de lá?
E eu aqui carregando sonhos num curvado corpo cansado de ultrapassar os funis desta vida lutando para não morrer sem viver o meu sonho, e o universo vem me dizer que é um crescimento constante, que até me dá vontade de ir ver. Ir ver para crer. E se fosse mesmo verdade que o infinito existe e que anda querer ser mais infinito, eu daí sim desistia de tudo e passava a ser só um existe mais no universo, um simples e singelo pedacinho de infinito.
Mas a coisa pior é que a mona ferve num fervilhar constante que fico a querer pensar, esquecendo o trabalho que isso dá.
Na verdade existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir para que serve o Universo e porque é que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável.
Vais ver que isso já aconteceu.
Te mereço uma birra estupidamente gelada e a tua companhia para ver o por do sol neste final de zulmarinho.
Gostei bué !
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ResponderEliminarViva Carlos:
ResponderEliminarTem dias que saem assim destas "coisas" de lá do "fundo" da alma.
Reflexão interessante de desassossego.
Mas a vida é assim mesmo, umas vezes mais interessante, outras menos.
Por vezes somos agentes de mudança, outras vezes não somos coisíssima nenhuma.
É uma arte, é verdadeiramente uma arte saber viver.
Para estas coisas relembro sempre a minha máxima:
-Viaja dentro de ti e nunca esqueças de que lá estiveste.
Estou contigo.
Um abraço,
NB: Obrigado pelo teu apoio nos BOB´s, és um verdadeiro camarada.