Tirando os bons dias nada me foi dito. Empunhei o Jornal e reparei que havia vários por sobre as secretárias. Eles já sabiam. Tudo bem, está confirmada a minha estória. Exijo desculpas, disse-lhes. Sorrisos foi o que recebi em troca. Mas chegou para eu saber que lhes tinha ganho confiança.
Durante uns dias a viagem foi feita como se o autocarro carregasse ainda um falecido ali.
Este silêncio foi quebrado somente uns dias mais tarde quando, na minha paragem entro e ouço uma algarviada medonha. A confusão das vozes deixou-me perplexo na ignorância do que estava a acontecer. O vizinho da cadeira ao lado da minha me recomenda comprar o jornal, pois assim eu compreenderia tudo. A cadeira de Justino já estava ocupada. Era um jovem que andaria aqui há cerca de uns dois meses.
Tentei, durante a viagem saber mais alguma coisa que justificasse aquele comportamento, depois de uns dias de silêncio sepulcral. Nada, cada vez percebia menos. Só ouvia palavras soltas que não me faziam sentido.
Acabada a viagem fiz logo um desvio para comprar o referido jornal. Para não chegar atrasado não o abri e segui para o escritório. Abro-o lá pensei. Lá chegado todos me olham e perguntam se eu já sabia.
- Mas sei o que? Houve alguma revolução? Falimos? Que é que se passa? indaguei farto de ser o único que não sabia nada.
- Abre a página 3. A morte que tu viveste no autocarro, foi de um gajo que afinal é famoso.
- Como assim? Famoso e andou 40 anos num dia a dia naquele autocarro que quase tinha a idade dele? Não brinquemos com a morte alheia. retorqui no sentido de me dar tempo a perceber o que se passava. Sentei-me à secretária e abri a famosa página 3
Durante uns dias a viagem foi feita como se o autocarro carregasse ainda um falecido ali.
Este silêncio foi quebrado somente uns dias mais tarde quando, na minha paragem entro e ouço uma algarviada medonha. A confusão das vozes deixou-me perplexo na ignorância do que estava a acontecer. O vizinho da cadeira ao lado da minha me recomenda comprar o jornal, pois assim eu compreenderia tudo. A cadeira de Justino já estava ocupada. Era um jovem que andaria aqui há cerca de uns dois meses.
Tentei, durante a viagem saber mais alguma coisa que justificasse aquele comportamento, depois de uns dias de silêncio sepulcral. Nada, cada vez percebia menos. Só ouvia palavras soltas que não me faziam sentido.
Acabada a viagem fiz logo um desvio para comprar o referido jornal. Para não chegar atrasado não o abri e segui para o escritório. Abro-o lá pensei. Lá chegado todos me olham e perguntam se eu já sabia.
- Mas sei o que? Houve alguma revolução? Falimos? Que é que se passa? indaguei farto de ser o único que não sabia nada.
- Abre a página 3. A morte que tu viveste no autocarro, foi de um gajo que afinal é famoso.
- Como assim? Famoso e andou 40 anos num dia a dia naquele autocarro que quase tinha a idade dele? Não brinquemos com a morte alheia. retorqui no sentido de me dar tempo a perceber o que se passava. Sentei-me à secretária e abri a famosa página 3
Sanzalando
E depois? e depois???
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