Faz sol. É o começo do tempo quente. Também chove a chuva que lhe chamam de tropical. Porque molha e aquece, só pode ser. Não, é mesmo porque estamos nos trópicos. Eu me mantenho nos tópicos, mesmo que esteja num Polo. Outros nos utópicos. Mas o que conta é a tropicalidade.
Hoje resolvi fazer arrumações. Casa arrumada tem outro aspecto. Aproveito para encher o meu tempo. Porque se encontra sempre o que não se procura quando se fazem arrumações. Encontrei uma caixa que fora outrora de sapatos, tendo agora uma função diferente. Segredos e contas pagas e outros papeis que podem ser precisos. Alguns há anos que ali estão pacientemente esperando serem úteis em vão.
Abri a caixa donde entre muitos papéis encontrei uma carta. Esperadamente uma carta por abrir.
Que diabo faz aqui esta carta, pensei dentro de mim. Porque é que eu não rasguei esta carta?
Quem é que se dá ao trabalho de escrever uma carta, ir ao correio, colar um selo e depois ir metê-la no marco, se sabe bem que o outro não a vai ler?
Mas será possível que ela não tinha compreendido o que se estava a passar? Eu decidi nunca mais ouvi-la. Eu disse-lhe e acho que de forma bem clara.
Ela também não teve um período que nem me queria ver, desviando-se e cortando qualquer conversa? É evidente que eu nesses dias me degradei. Foi-se o apetite, foi-se a vontade de existir. Ultrapassei e não quero voltar a acorrentar-me e um dia voltar ao mesmo. Acabou é porque está acabado.
Disse-lhe tudo, num texto semi-decorado, com improviso disfarçado, por vezes com palavras a se enrolarem na boca, parecia tinha eu vertido uma tantas garrafas de qualquer coisa.
Parece ela não entendeu. Talvez a entoação não tenha sido a mais correcta. Talvez o conteúdo tenha sido adulterado nalgum embargo linguístico.
Li as primeiras cartas que recebi. Li e rasguei-as. Esta foi atirada para dentro da caixa que só se abre para guardar para a eternidade algum papel, algum recado, contas pagas e coisas que não vão ser precisas mais mas que a gente guarda por hábito ou porque é conveniente.
Porque abri eu agora esta maldita caixa se não tenho nada para lá dentro colocar. Re-caixei a carta e ganhei tempo para pensar o que fazer com ela.
Hoje resolvi fazer arrumações. Casa arrumada tem outro aspecto. Aproveito para encher o meu tempo. Porque se encontra sempre o que não se procura quando se fazem arrumações. Encontrei uma caixa que fora outrora de sapatos, tendo agora uma função diferente. Segredos e contas pagas e outros papeis que podem ser precisos. Alguns há anos que ali estão pacientemente esperando serem úteis em vão.
Abri a caixa donde entre muitos papéis encontrei uma carta. Esperadamente uma carta por abrir.
Que diabo faz aqui esta carta, pensei dentro de mim. Porque é que eu não rasguei esta carta?
Quem é que se dá ao trabalho de escrever uma carta, ir ao correio, colar um selo e depois ir metê-la no marco, se sabe bem que o outro não a vai ler?
Mas será possível que ela não tinha compreendido o que se estava a passar? Eu decidi nunca mais ouvi-la. Eu disse-lhe e acho que de forma bem clara.
Ela também não teve um período que nem me queria ver, desviando-se e cortando qualquer conversa? É evidente que eu nesses dias me degradei. Foi-se o apetite, foi-se a vontade de existir. Ultrapassei e não quero voltar a acorrentar-me e um dia voltar ao mesmo. Acabou é porque está acabado.
Disse-lhe tudo, num texto semi-decorado, com improviso disfarçado, por vezes com palavras a se enrolarem na boca, parecia tinha eu vertido uma tantas garrafas de qualquer coisa.
Parece ela não entendeu. Talvez a entoação não tenha sido a mais correcta. Talvez o conteúdo tenha sido adulterado nalgum embargo linguístico.
Li as primeiras cartas que recebi. Li e rasguei-as. Esta foi atirada para dentro da caixa que só se abre para guardar para a eternidade algum papel, algum recado, contas pagas e coisas que não vão ser precisas mais mas que a gente guarda por hábito ou porque é conveniente.
Porque abri eu agora esta maldita caixa se não tenho nada para lá dentro colocar. Re-caixei a carta e ganhei tempo para pensar o que fazer com ela.
Sanzalando
Viva Carlos:
ResponderEliminarCom que então de férias heinn!! :-)
Espero que tudo corra pelo melhor.
... mas é o que eu digo, lá mais para a frente tens que fazer um apanhado destes teus artigos e publicares um livro, "mai" nada.
Um abraço,