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15 de novembro de 2006

17 - Estórias no Sofá - Conversa de cabelos prateados - 1 de 2

Sentado no sofá converso com Joaquim e João. Se não estivéssemos na forma de um rectângulo eu diria que se tinha formado uma conversa redonda. Resolvemos ir recuando no tempo, vertendo um ou outro copo de vinho tinto, saltando à vara sobre assuntos até que encalhámos num que durou mais tempo e que eu aqui faço uma espécie de acta, não me lembrando quem disse o quê, nem quem falou de quê.
Havia um tempo que não era como é o tempo de hoje. Esse tempo não faz tanto tempo assim e se calhar alguém que me ouve viveu nesse tempo. Bem, pelo menos eu não vivi, mas me contaram e eu acredito.
Não falo das épocas antigas onde o marido mal podia ver a mulher nua mesmo depois de casada, porque esse tempo eu desconheço de todo. Devia ser uma época em que se fazia um furo no lençol para que o casal casado pudesse fazer aquilo. Ressalvo que falo de casal casado porque se não fosse casado, nem pensar, mesmo eu não acreditando se me contassem. Não falo dessa época.
Falo dos anos 60 e 70 onde os namorados praticavam um desporto muito popular. O casal de namorados estacionava os carros, da época, numa praia, numa rua sem fim ou num planalto descampado, recatado. Não estejam a pensar que era assim uma moleza levar a namorada. Poucas eram as que eram assim fáceis. Iam sim, mas depois de muito tempo de namoro. Nas prim4eiras idas eram apenas trocados uns beijinhos, os apalpões, uma mão naquilo, aquilo na mão. Época difícil.
Muitas coisas atrapalhavam e tornavam o problema maior. Estes namoros de amores no carro eram necessários uma vez que os motéis, acho eu, ainda não tinham sido inventados e, se por acaso existissem, não havia massa para lá gastar.
Alem do mais eu acho insuportável entrar numa bicha para comer, isso tanto vale para um restaurante como para um motel ou similar. Claro que os que entram nestas bichas vão-se aquecendo primeiro no carro. Alguns mais afoitos até desistem de entrar pois já concluíram o serviço dentro do veículo.
Mas onde é que eu ia? Ah!

Sanzalando

3 comentários:

  1. Chegar ao fim do dia e ler-te é um bálsamo para mim... já me ri! E com gosto...

    Gosto mais deste espirito - algo... sarcástico... - assim sim.

    Beijo.

    I.

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  2. JC, tenho uma dificuldade enorme pra ler algo em teu blog, o que ocorre é que o navegador pisca como um doido, fica carregando dezenas de páginas, não entendo porque isso acontece e só no teu.
    Claro que tu sabes os vários sentidos que "bicha" tem aqui, uma maneira pejorativa de falar dos homossexuais e até mesmo um tipo de lombriga, verminose. Sempre me divirto ao ler a palavra como referência a filas e daí fico pensando que as filas tem mesmo um ar de lombrigas humanas a atravessar sem paciência os quarteirões :)
    abraços

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  3. Algevo:
    Obrigado pelas simpáticas palavras.

    Maria Fro:
    Pois não sei o que se passa. É a 1ª vez que tal me dizem. Vou estar atento ever se é algum dos meus 'aditivos' que causa essa interferencia. Pois me esqueci que sou lido no Brasil... mas como fui habituado a dizer bicha em vez de fila... custa perder o hábito detantos anos.
    Abraços e vai dando retorno

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