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30 de novembro de 2006

Filosofia da Sex ta-feira

Sinto como que um peso na cabeça. As ideias não flúem, amontoam-se como um coágulo de sangue cada vez mais negro no seu vermelho.
Se eu conseguisse pensar claramente, desprender-me nesta cabeça de algum peso morto, tudo passaria a ter sentido e todos os argumentos pareceriam coerentes.
Se eu pudesse filtrar este acumulado de ideias, esta saturação de palavras que se sobrepõem na voracidade de sair eu estaria liberto das minhas grilhetas.
Mas afinal de contas, quanto pesa o vazio?
Um dos piores cansaços é o resultado de não fazer nada.
Para quem sente a falta de ter tempo livre, porque tem todo o tempo do mundo; para quem procura uma actividade que lhe agite a vida, basicamente porque pensa demais, que é algo que faz mal à estabilidade mental; para quem se sente ensimesmado com interrupções no seu fluxo de pensamento, saído num espaço oco e fora do tempo instantâneo, vivendo momentos de nada; para quem vive como borbulha claustrofóbica na sombra do seu eclipse, dou o meu conselho: Leia-me e leve depois o corpo a divertir-se, na contrariedade das opções obscuras entre pensamento e desejo.

Pois é, mais um dia que deu a preguiça de escrever uma estória, divagando-me aqui num enfileirar de palavras.
Admiro a paciência de quem me lê. Nem eu me consigo!

Sanzalando

3 comentários:

  1. Viva Carlos:

    No dia 11 de Fevereiro lá estaremos :-)
    Também tu mereces um descansozito...

    Um abraço,

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  2. Eu só escrevi o que a minha consciência me ditou.
    Kandandu
    EA

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