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9 de novembro de 2006

Atirando Palavras ao acaso

Foi um dia como outro qualquer e sem promessas de mudança. Afinal como todos os dias. Será que estou enganado? Não me preocupo com palavras edificantes acerca do milagre que se renova a cada manhã e coisas e tal. Preciso dessas fotos literárias tanto quanto de uma cólica renal a matar-me e contorcer-me de dores.
Prefiro a vida real, ainda que seja ela umas vezes brutal, outras fastidiosa, mas invariavelmente estúpida. Um pouco de fé e auto comiseração? Não, obrigado! Dispenso.
Nem o telefone hoje tocou, nem se quer por engano. Continuo em casa, aguardando em estado quase larvar, para poupar a pouquíssima reserva de energia de que ainda disponho.
E se nada acontecer, ainda assim continuarei aguardando. Mas até quando? No final, quando tudo acabar, sairei dos escombros e com os olhos cegos como certas criaturas subterrâneas expulsas para a luz do sol, tactearei em volta. Guiado pelo olfacto que se refina a cada dia, hipertrofiado pela inércia dos demais órgãos dos sentidos, encontrarei a primeira presa imprudente, entre milhares, que apenas estarão ocupadas em sobreviver e, portanto, desatentas aos predadores furtivos.
O telefone não irá tocar. Pouco me importa.
Habituei-me ao quase nada.
Afinal estou à espera mesmo de quê?

Sanzalando

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  2. Não é meu habito mas cortei um comentario por não concordar com o tipo de linguagem utilizada

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  3. Carlos,

    Já sei ...!
    Estás á espera do FDS!

    Por isso ...

    Os votos de um BOM FDS!
    Um abraço da Matilde e Cª!

    PS: Concordo contigo sobre o comentário anterior!

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