Me contaram e como não sou nem egoista nem acrescentador aqui está ela tal qual
Naquela manhã o senhor vento passou muito devagarinho e disse:
- Vai haver novidade! Vai haver novidade! – Porque o senhor vento anda por toda a parte e sabe tudo.
As flores do ylang-ylang abanaram as pétalas amarelas, cheias de curiosidade, e perguntaram:
- O que é? O que é?
E o senhor vento, muito baixinho, respondeu:
- Vocês vão ver!
E, como estava uma linda manhã, com o céu azul e uma luz dourada, o senhor vento continuou a passear devagarinho por entre os ylang-ylang deixando no ar aquele perfume perturbante.
O ossôbo, que tinha o ninho no ramo mais alto, pôs-se a voar para trás e para diante e a chilrear:
- Vocês já sabem?
E todas as flores de ylang-ylang perguntaram:
- O que foi?
Mas o ossôbo estava tão contente que não fazia mais nada senão voar para trás e para diante e chilrear.
Toda a manhã as florzinhas amarelas perguntaram umas às outras:
- O que será?
Até que, por volta do meio-dia, a senhora formiga saiu da casa grande, parou na soleira da porta, ergueu-se nas patinhas traseiras e disse:
- Estou contente! Muito contente!
- Porquê? O que aconteceu? Qual a novidade? – Perguntaram as flores de ylang-ylang. E foi então que elas souberam, pela senhora formiga, que a casa grande estava em festa porque tinha nascido um menino.
Quando a porta se abriu e apareceu sunguê, todas as flores, o senhor vento, o ossôbo e as formigas se voltaram para ele, E sunguê disse:
- Sanguê e eu estamos muito felizes. Porque temos um filho.
Foi uma alegria naquele quintal, cada qual à sua maneira e na sua voz gritaram:
Viva! Viva!
Sunguê compreendeu-os a todos e disse:
Bendito seja tudo o que os meus olhos vêem e os meus ouvidos ouvem!
Depois, sunguê foi buscar a sua catana e uma plantinha que estava guardada lá perto da capoeira. E mesmo ao lado da casa pôs-se a abrir um buraco para plantar o ylang-ylang.
O menino Henda era muito alegre e risonho; cada dia crescia um bocadinho e aprendia uma coisa nova.
A árvore do menino Henda parecia-se com ele: lindo, alegrava tudo à sua volta. E foi subindo, subindo, enchendo-se de ramos e cobrindo-se cada vez mais de folhos.
Passaram anos e Henda já não era um menino, era rapaz; passaram mais anos e o rapaz tornou-se num homem. E, da mesma maneira, a arvorezinha, que sunguê plantara ao lado da casa no dia em que Henda nascera, deixou de ser tão fininha, que um pássaro a vergava se poisava nela, e tornou-se tão alta e tão grossa que nem o senhor vento lhe movia o tronco; só lhe agitava as flores amarelas.
Um dia Henda anunciou que também queria uma casa e uma companheira.
Começaram a construir a casa.
Quando terminaram, Henda pegou num machado e cortou a grande árvore que tinha sido plantada no dia em que nasceu. E a árvore deixou-se cortar com alegria, porque sabia o que a esperava: o seu tronco foi serrado em tábuas para construir os móveis para os noivos.
Uma linda manhã, tão linda como aquela em que nascera Henda, casou com a menina Hânia, bonita como uma flor ylang-ylang.
-As florzinhas amarelas, o senhor vento, o ossôbo, a senhora formiga, disseram entre si:
- Temos festa! Que sejam felizes os noivos! – E olharam para o sítio, ao lado da casa grande, onde, durante vinte anos, a árvore crescera e se fizera forte.
- Faz-nos falta a nossa companheira! – Disseram as florzinhas
- Cada qual tem de cumprir o seu dever! – Respondeu o senhor vento.
- O dever daquela árvore era seguir o nosso amigo Henda que hoje casou. Ela está feliz porque cumpriu o seu dever.
- A casa de Henda não é longe, podemos vê-la daqui – disse o ossôbo.
- E vou jurar que, para o ano, o noivo será pai e plantará uma nova árvore.
E a senhora formiga, que estava mortinha por se meter na conversa, acrescentou:
- E nós veremos nascer a árvore nova, e seremos todos felizes.
Então soprou uma doce brisa que murmurava:
Não lhe dizemos adeus, dizemos até mais ver.
Quando a brisa rala pelo yalng-ylang todo o quintal se embriaga com aquele doce perfume.
Naquela manhã o senhor vento passou muito devagarinho e disse:
- Vai haver novidade! Vai haver novidade! – Porque o senhor vento anda por toda a parte e sabe tudo.
As flores do ylang-ylang abanaram as pétalas amarelas, cheias de curiosidade, e perguntaram:
- O que é? O que é?
E o senhor vento, muito baixinho, respondeu:
- Vocês vão ver!
E, como estava uma linda manhã, com o céu azul e uma luz dourada, o senhor vento continuou a passear devagarinho por entre os ylang-ylang deixando no ar aquele perfume perturbante.
O ossôbo, que tinha o ninho no ramo mais alto, pôs-se a voar para trás e para diante e a chilrear:
- Vocês já sabem?
E todas as flores de ylang-ylang perguntaram:
- O que foi?
Mas o ossôbo estava tão contente que não fazia mais nada senão voar para trás e para diante e chilrear.
Toda a manhã as florzinhas amarelas perguntaram umas às outras:
- O que será?
Até que, por volta do meio-dia, a senhora formiga saiu da casa grande, parou na soleira da porta, ergueu-se nas patinhas traseiras e disse:
- Estou contente! Muito contente!
- Porquê? O que aconteceu? Qual a novidade? – Perguntaram as flores de ylang-ylang. E foi então que elas souberam, pela senhora formiga, que a casa grande estava em festa porque tinha nascido um menino.
Quando a porta se abriu e apareceu sunguê, todas as flores, o senhor vento, o ossôbo e as formigas se voltaram para ele, E sunguê disse:
- Sanguê e eu estamos muito felizes. Porque temos um filho.
Foi uma alegria naquele quintal, cada qual à sua maneira e na sua voz gritaram:
Viva! Viva!
Sunguê compreendeu-os a todos e disse:
Bendito seja tudo o que os meus olhos vêem e os meus ouvidos ouvem!
Depois, sunguê foi buscar a sua catana e uma plantinha que estava guardada lá perto da capoeira. E mesmo ao lado da casa pôs-se a abrir um buraco para plantar o ylang-ylang.
O menino Henda era muito alegre e risonho; cada dia crescia um bocadinho e aprendia uma coisa nova.
A árvore do menino Henda parecia-se com ele: lindo, alegrava tudo à sua volta. E foi subindo, subindo, enchendo-se de ramos e cobrindo-se cada vez mais de folhos.
Passaram anos e Henda já não era um menino, era rapaz; passaram mais anos e o rapaz tornou-se num homem. E, da mesma maneira, a arvorezinha, que sunguê plantara ao lado da casa no dia em que Henda nascera, deixou de ser tão fininha, que um pássaro a vergava se poisava nela, e tornou-se tão alta e tão grossa que nem o senhor vento lhe movia o tronco; só lhe agitava as flores amarelas.
Um dia Henda anunciou que também queria uma casa e uma companheira.
Começaram a construir a casa.
Quando terminaram, Henda pegou num machado e cortou a grande árvore que tinha sido plantada no dia em que nasceu. E a árvore deixou-se cortar com alegria, porque sabia o que a esperava: o seu tronco foi serrado em tábuas para construir os móveis para os noivos.
Uma linda manhã, tão linda como aquela em que nascera Henda, casou com a menina Hânia, bonita como uma flor ylang-ylang.
-As florzinhas amarelas, o senhor vento, o ossôbo, a senhora formiga, disseram entre si:
- Temos festa! Que sejam felizes os noivos! – E olharam para o sítio, ao lado da casa grande, onde, durante vinte anos, a árvore crescera e se fizera forte.
- Faz-nos falta a nossa companheira! – Disseram as florzinhas
- Cada qual tem de cumprir o seu dever! – Respondeu o senhor vento.
- O dever daquela árvore era seguir o nosso amigo Henda que hoje casou. Ela está feliz porque cumpriu o seu dever.
- A casa de Henda não é longe, podemos vê-la daqui – disse o ossôbo.
- E vou jurar que, para o ano, o noivo será pai e plantará uma nova árvore.
E a senhora formiga, que estava mortinha por se meter na conversa, acrescentou:
- E nós veremos nascer a árvore nova, e seremos todos felizes.
Então soprou uma doce brisa que murmurava:
Não lhe dizemos adeus, dizemos até mais ver.
Quando a brisa rala pelo yalng-ylang todo o quintal se embriaga com aquele doce perfume.
Sanzalando com MC
Gostei do doce perfume da arvore. Seremos todos felizes.
ResponderEliminarAbrs
Walter