Assim, na minha voz doce e bem 'legível' vos conto mais uma estória tal qual me contaram:
Havia um menino chamado Henda que não gostava de ir à escola. Um dia, encontrou dois pescadores. Foi pescar com eles durante uma semana. Um dia, eles não quiseram ir pescar mas o rapaz disse à mãe que iria ele. O mar estava bravo e o tempo mau. Sentou-se à espera que a maré baixasse. A meio da manhã a maré estava vazia, ele desceu e tirou duas lapas:
- Vou conseguir pescar um peixe.
Pôs a isca no anzol. Um peixe tirou-lhe a primeira isca mas a segunda apanhou o peixe.
Quando o puxou, pô-lo em cima de uma pedra. Era um peixe sereia.
- Larga-me, deixa-me ir embora porque não sou um peixe. Se me largares, se me deixares ir, dou-te uma prenda tão preciosa que nunca mais precisarás de pescar.
O rapaz atirou a cana de pesca ao mar. Ela mergulhou e trouxe um anel no dedo.
- Não quero um anel, quero peixe – disse Henda.
- Com este anel encontrarás peixe e tudo o que quiseres.
- Não me fio em ti. Tens de pedir essas coisas pela tua boca.
Ela pediu ao anel que lhe desse uma mesa posta com todas aquelas coisas boas que ele via na venda lá da vila.
Ele sentou-se a comer. Trazia vestido um bôbô bem largo; a sereia encheu-o com tudo o que o Henda tinha pedido. Então, o rapaz atirou a cana ao mar.
Quando chegou a casa a mãe não viu peixe e afligiu-se mas Henda explicou:
- Este anel vai dar-nos tudo o que desejarmos. Dar-nos -á comida que dura um mês.
E com o dinheiro que o anel fez aparecer, fez uma casa com tudo o que a mãe precisava.
Quanto ao rapaz, saiu para se divertir. Um dia, quando voltava para casa, encontrou um cachorrinho abandonado.
Apanhou-o, embrulhou-o no bôbô e levou-o para casa. Era um cachorrinho feio e magro e a mãe não gostou.
No dia seguinte, quando voltava para casa encontrou um gatinho a chorar.
Apanhou-o e levou-o para casa.
A mãe, muito zangada, disse-lhe:
- É bonito o que estás a fazer! Primeiro, trazes um cachorro, depois, um gato; o cachorro não gosta do gato; agora trazes um rato de que o gato não gosta…
- Escute mãe, amarre-os separados e dê-lhes de comer três vezes ao dia. Vai ver, daqui a uma semana se eles não são amigos.
Passada uma semana, estavam a brincar como irmãos.
A mãe de Henda tinha uma irmã que morava no Príncipe, que não se importava com ela porque era pobre. Bem, essa mulher ouviu dizer que a irmã da Trindade estava rica. Decidiu atravessar, para se certificar, levando consigo uma amiga.
No dia em que chegou a irmã, a mãe de Henda feliz com a visita, pediu ao anel para lhes proporcionar um banquete. Resultado, elas regressaram ao Príncipe com o anel na bagagem.
Passado um mês, a mãe de Henda procurou o anel mas não conseguiu encontrá-lo.
Passou outro mês e nada. Mas não disse ao filho. Entretanto Henda passa pelos animais e repara que estavam desesperados de fome.
- Mãe, não lhes tem dado comida?
- Não, não temos leite em casa. Perdi o anel.
Um dia, o cachorro cheirou o vento e descobriu que o anel estava no Príncipe.
O cachorro, o gato e o rato foram para o porto.
O cão pegou nos outros e atirou-os ao mar. Atirou-se também e mandou-os subir para as suas costas. Atravessaram para a ilha ainda era de dia. Esperaram que fosse noite para irem à casa da mulher. Então, o cão disse-lhes:
- Eu fico na cozinha ao pé do fogão e vocês vão procurar o anel.
Falou o rato:
- Vou procurar um pedaço de carne. Mando-ta pelo gato, porque sei que tens fome.
Quando o rato mandou a carne ao cachorro, pôs-se a procurar e encontrou o anel.
Foi ter com o gato:
- Já encontrei o anel. Estava amarrado num lenço, dentro de uma caixa. Rói a caixa com o lenço. Apanhei o anel. Agora vou ao armário, parto os pratos e as pessoas chamarão por ti.
A mulher ouviu e gritou:
- Donde saiu esse rato? Meu Deus, não me podia mandar um gato?
Apareceu o gato. A mulher abriu a porta para o gato fugir com o rato.
Fugiram todos para a beira-mar e partiram para a Trindade.
A meio do percurso, o cachorro implicou com o rato:
- Tens o anel?
- Sim, no meu dedo.
-Dá-mo, eu quero-o.
- Não tens dedo para o pôr.
- Se não me dás, afogo-te.
- Dá-lho. Se não lho deres ele afoga-nos aqui – disse o gato.
Então o rato deu o anel ao cachorro. Este meteu-o na boca. De repente, o cachorro abriu a boca, o anel caiu no fundo mar.
Chegaram por fim a terra. O gato e o rato estavam zangados e o cachorro sentia-se muito mal mas não dizia nada.
Na praia, viram muito caranguejos. O cão ordenou-lhes que fosse procurar o anel. O mais pequenino foi, enquanto os companheiros ficavam presos. E voltou com o anel. O cachorro reconheceu o anel e libertou os outros caranguejos.
Depois, levaram o anel a Henda. O rapaz mostrou-o à mãe e disse:
- Como vês, se não fosse amigo do cachorro, do gato e do rato, não estávamos agora tão contentes por ter de novo o anel.
E o anel foi passando de geração em geração…
Havia um menino chamado Henda que não gostava de ir à escola. Um dia, encontrou dois pescadores. Foi pescar com eles durante uma semana. Um dia, eles não quiseram ir pescar mas o rapaz disse à mãe que iria ele. O mar estava bravo e o tempo mau. Sentou-se à espera que a maré baixasse. A meio da manhã a maré estava vazia, ele desceu e tirou duas lapas:
- Vou conseguir pescar um peixe.
Pôs a isca no anzol. Um peixe tirou-lhe a primeira isca mas a segunda apanhou o peixe.
Quando o puxou, pô-lo em cima de uma pedra. Era um peixe sereia.
- Larga-me, deixa-me ir embora porque não sou um peixe. Se me largares, se me deixares ir, dou-te uma prenda tão preciosa que nunca mais precisarás de pescar.
O rapaz atirou a cana de pesca ao mar. Ela mergulhou e trouxe um anel no dedo.
- Não quero um anel, quero peixe – disse Henda.
- Com este anel encontrarás peixe e tudo o que quiseres.
- Não me fio em ti. Tens de pedir essas coisas pela tua boca.
Ela pediu ao anel que lhe desse uma mesa posta com todas aquelas coisas boas que ele via na venda lá da vila.
Ele sentou-se a comer. Trazia vestido um bôbô bem largo; a sereia encheu-o com tudo o que o Henda tinha pedido. Então, o rapaz atirou a cana ao mar.
Quando chegou a casa a mãe não viu peixe e afligiu-se mas Henda explicou:
- Este anel vai dar-nos tudo o que desejarmos. Dar-nos -á comida que dura um mês.
E com o dinheiro que o anel fez aparecer, fez uma casa com tudo o que a mãe precisava.
Quanto ao rapaz, saiu para se divertir. Um dia, quando voltava para casa, encontrou um cachorrinho abandonado.
Apanhou-o, embrulhou-o no bôbô e levou-o para casa. Era um cachorrinho feio e magro e a mãe não gostou.
No dia seguinte, quando voltava para casa encontrou um gatinho a chorar.
Apanhou-o e levou-o para casa.
A mãe, muito zangada, disse-lhe:
- É bonito o que estás a fazer! Primeiro, trazes um cachorro, depois, um gato; o cachorro não gosta do gato; agora trazes um rato de que o gato não gosta…
- Escute mãe, amarre-os separados e dê-lhes de comer três vezes ao dia. Vai ver, daqui a uma semana se eles não são amigos.
Passada uma semana, estavam a brincar como irmãos.
A mãe de Henda tinha uma irmã que morava no Príncipe, que não se importava com ela porque era pobre. Bem, essa mulher ouviu dizer que a irmã da Trindade estava rica. Decidiu atravessar, para se certificar, levando consigo uma amiga.
No dia em que chegou a irmã, a mãe de Henda feliz com a visita, pediu ao anel para lhes proporcionar um banquete. Resultado, elas regressaram ao Príncipe com o anel na bagagem.
Passado um mês, a mãe de Henda procurou o anel mas não conseguiu encontrá-lo.
Passou outro mês e nada. Mas não disse ao filho. Entretanto Henda passa pelos animais e repara que estavam desesperados de fome.
- Mãe, não lhes tem dado comida?
- Não, não temos leite em casa. Perdi o anel.
Um dia, o cachorro cheirou o vento e descobriu que o anel estava no Príncipe.
O cachorro, o gato e o rato foram para o porto.
O cão pegou nos outros e atirou-os ao mar. Atirou-se também e mandou-os subir para as suas costas. Atravessaram para a ilha ainda era de dia. Esperaram que fosse noite para irem à casa da mulher. Então, o cão disse-lhes:
- Eu fico na cozinha ao pé do fogão e vocês vão procurar o anel.
Falou o rato:
- Vou procurar um pedaço de carne. Mando-ta pelo gato, porque sei que tens fome.
Quando o rato mandou a carne ao cachorro, pôs-se a procurar e encontrou o anel.
Foi ter com o gato:
- Já encontrei o anel. Estava amarrado num lenço, dentro de uma caixa. Rói a caixa com o lenço. Apanhei o anel. Agora vou ao armário, parto os pratos e as pessoas chamarão por ti.
A mulher ouviu e gritou:
- Donde saiu esse rato? Meu Deus, não me podia mandar um gato?
Apareceu o gato. A mulher abriu a porta para o gato fugir com o rato.
Fugiram todos para a beira-mar e partiram para a Trindade.
A meio do percurso, o cachorro implicou com o rato:
- Tens o anel?
- Sim, no meu dedo.
-Dá-mo, eu quero-o.
- Não tens dedo para o pôr.
- Se não me dás, afogo-te.
- Dá-lho. Se não lho deres ele afoga-nos aqui – disse o gato.
Então o rato deu o anel ao cachorro. Este meteu-o na boca. De repente, o cachorro abriu a boca, o anel caiu no fundo mar.
Chegaram por fim a terra. O gato e o rato estavam zangados e o cachorro sentia-se muito mal mas não dizia nada.
Na praia, viram muito caranguejos. O cão ordenou-lhes que fosse procurar o anel. O mais pequenino foi, enquanto os companheiros ficavam presos. E voltou com o anel. O cachorro reconheceu o anel e libertou os outros caranguejos.
Depois, levaram o anel a Henda. O rapaz mostrou-o à mãe e disse:
- Como vês, se não fosse amigo do cachorro, do gato e do rato, não estávamos agora tão contentes por ter de novo o anel.
E o anel foi passando de geração em geração…
Sanzalando com MC
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