Mas onde é que eu ia? Ah!
Dizia eu que era uma época difícil. Tinham que se contentar em estacionar o carro, muitas vezes emprestado, ou tirado na surdina da noite ao pai, um ao lado do outro, às vezes chegando à dúzia, e se divertir como se de uma corrida se tratasse. Inevitável era todo o exercício contorcionista e ao mesmo tempo saber o que acontecia no carro do lado. Uma nova posição, uma garota mais bonita ou um com o periscópio maior que o do namorado, eram os motivos da curiosidade. Isso quando, por acaso, não estacionavam ao lado de um amigo ou de um primo. Coisa comum.
Na verdade não viam muita coisa, mas pelo periscópio você deduz quem está ao lado.
Outra coisa que eles não olhavam é quem era a moça que o carro ao lado estava levando para a prática desportiva. Se fosse bonitinha e quisesse ir, já estava de bom tamanho. O passado na menina era o que menos interessava. Sabes como é, né?
Passado de mulher e cozinha de um restaurante são duas coisas que se olhar podes acabar por não comer. O melhor era esquecer algum possível problema.
Por não terem também sido inventadas as sex-shops, os desportos dentro do carro eram menos electrónicos e mais aeróbicos. Tas a ver!A falta de informação também ajudava. Como ninguém sabia que existia esse tal de Ponto G, ninguém o procurava. Era um stress a menos. Os homens não se sentiam diminuídos por não achar a tal região e as mulheres não precisavam fingir que eles conseguiram. Ou seja, era uma ralação, digo relação, mais verdadeira.Hoje, como numa forma de dizer esses todos problemas acabaram-se. Os motéis abundam em cada cidade ou vila, as miúdas de utilidade pública são mais acessíveis, aumentando os riscos da sua inexistência por decreto, as namoradas são mais liberais, os pais têm TV por cabo para assistir e não se preocupam tanto em vigiar as filhas e não há mais espaço para um comportamento tão rigoroso.
E logo hoje que os carros são mais espaçosos tornou-se perigoso este desporto, por causa dos assaltos. Tudo isto somado temos um comportamento bem diferente dos jovens de hoje.
É melhor agora ou era melhor antes? Acho que não há resposta certa para essa pergunta. Ambos foram momentos que, se foram bem vividos, deixaram sentimentos bons e momentos inesquecíveis.
E viver com alegria sempre deve ser o nosso objectivo na vida.
Acho que hoje já bebemos um pouco a mais pelo que é melhor cada um dar de frosques e um outro dia a gente volta a uma outra conversa redonda, num outro lugar, eu, Manuel Gil, Joaquim e João.
Dizia eu que era uma época difícil. Tinham que se contentar em estacionar o carro, muitas vezes emprestado, ou tirado na surdina da noite ao pai, um ao lado do outro, às vezes chegando à dúzia, e se divertir como se de uma corrida se tratasse. Inevitável era todo o exercício contorcionista e ao mesmo tempo saber o que acontecia no carro do lado. Uma nova posição, uma garota mais bonita ou um com o periscópio maior que o do namorado, eram os motivos da curiosidade. Isso quando, por acaso, não estacionavam ao lado de um amigo ou de um primo. Coisa comum.
Na verdade não viam muita coisa, mas pelo periscópio você deduz quem está ao lado.
Outra coisa que eles não olhavam é quem era a moça que o carro ao lado estava levando para a prática desportiva. Se fosse bonitinha e quisesse ir, já estava de bom tamanho. O passado na menina era o que menos interessava. Sabes como é, né?
Passado de mulher e cozinha de um restaurante são duas coisas que se olhar podes acabar por não comer. O melhor era esquecer algum possível problema.
Por não terem também sido inventadas as sex-shops, os desportos dentro do carro eram menos electrónicos e mais aeróbicos. Tas a ver!A falta de informação também ajudava. Como ninguém sabia que existia esse tal de Ponto G, ninguém o procurava. Era um stress a menos. Os homens não se sentiam diminuídos por não achar a tal região e as mulheres não precisavam fingir que eles conseguiram. Ou seja, era uma ralação, digo relação, mais verdadeira.Hoje, como numa forma de dizer esses todos problemas acabaram-se. Os motéis abundam em cada cidade ou vila, as miúdas de utilidade pública são mais acessíveis, aumentando os riscos da sua inexistência por decreto, as namoradas são mais liberais, os pais têm TV por cabo para assistir e não se preocupam tanto em vigiar as filhas e não há mais espaço para um comportamento tão rigoroso.
E logo hoje que os carros são mais espaçosos tornou-se perigoso este desporto, por causa dos assaltos. Tudo isto somado temos um comportamento bem diferente dos jovens de hoje.
É melhor agora ou era melhor antes? Acho que não há resposta certa para essa pergunta. Ambos foram momentos que, se foram bem vividos, deixaram sentimentos bons e momentos inesquecíveis.
E viver com alegria sempre deve ser o nosso objectivo na vida.
Acho que hoje já bebemos um pouco a mais pelo que é melhor cada um dar de frosques e um outro dia a gente volta a uma outra conversa redonda, num outro lugar, eu, Manuel Gil, Joaquim e João.
Sanzalando
Onde é que eu já vi este filme...?
ResponderEliminarGostei.
Walter