Me perguntaram do que é que eu sentia mesmo medo. Eu me calei porque não encontrei resposta na ponta da língua. Parei, pensei, debrucei-me sobre pensamentos e palavras já ditas como que a procurar uma resposta das respostas já prontas e nada. Vieram-me à cabeça palhaços, monstros, animais e sentimentos. Mas nada de sentir medo. Soltei um tenho medo da solidão, apenas para não ficar calado. Acho mesmo foram só os lábios que falaram. Nem cérebro nem coração tiveram, tempo de me calar.
Olhei em redor e vi gente carregada de solidão, olhos tristes de desconfiança, crianças de mente poluída e senti um aperto no coração. Senti medo. Medo de futuro!
Continuei molhando os pés no zulmarinho, ligado ao outro meu mundo, e desconsegui soletrar palavra que fosse, as barbas longas cresciam num ritmo nunca visto, os homens cansados sentados a um canto. Senti medo. Medo de futuro!
Agora já era tarde para coração e cérebro mandarem na minha boca. Já não tinha a quem responder porque já não tinha futuro mesmo caminhando no zulmarinho.
Olhei para o lado e vi uma criança caminhando enquanto cantava. Sorri e pensei. Tenho medo de futuro mas ainda tenho futuro mesmo que caminhe por caminhos tortos.
Olhei em redor e vi gente carregada de solidão, olhos tristes de desconfiança, crianças de mente poluída e senti um aperto no coração. Senti medo. Medo de futuro!
Continuei molhando os pés no zulmarinho, ligado ao outro meu mundo, e desconsegui soletrar palavra que fosse, as barbas longas cresciam num ritmo nunca visto, os homens cansados sentados a um canto. Senti medo. Medo de futuro!
Agora já era tarde para coração e cérebro mandarem na minha boca. Já não tinha a quem responder porque já não tinha futuro mesmo caminhando no zulmarinho.
Olhei para o lado e vi uma criança caminhando enquanto cantava. Sorri e pensei. Tenho medo de futuro mas ainda tenho futuro mesmo que caminhe por caminhos tortos.
Sanzalando
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