Caminho ao longo zulmarinho. Me disseram é verão e verão é para caminhar ao sabor da maresia, salpicado de sal faz de conta estou para lá da linha que eu vejo daqui e que cada vez que parece eu me aproximo ela se afasta, parece foge de mim.
Desde aqui te vou contar um segredo. Guarda e faz de conta eu nunca te contei. Tenho medo de um dia eu deixar de ser tu e passar a ser você. É, parece sou parvo, mas é medo de ter esse medo que me assusta em cada passada que dou e que fica marcada aqui na areia. Não sei ser você.
Aqui na bordinha do zulmarinho, às vezes lhe pisando outras vezes salpicado não tenho medo de me fechar na minha cabeça e de parecer o mais difícil de mim. Não perco a curiosidade das coisas, não esqueço os lugares que visitei nem os que ainda um dia vou visitar, nem que seja só de imaginação assim como conhecer pessoas que podem ser muito lindas por dentro, muito lindas por fora ou ter ambas belezas.
Aqui, na borda do zulmarinho, salpicado de lágrimas desse mar eu te digo acho que o eu te amo foi banalizado como se chamar de amigo a um qualquer conhecido.
Daqui, acabo de me sentar e ver o fio da navalha que me separa da loucura do ter perfeito juízo de mim.
Sanzalando
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