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20 de junho de 2013

pés no zulmarinho

Pés no zulmarinho, eis-me sentado numa pedragulho dum quebra mar a olhar para lá do que a vista alcança. É hoje que acho te vou escrever a carta que tantas vezes adiei. É hoje te vou contar os meus ais, os meus medos e segredos e outras coisas mais. É hoje que vou, em caligrafia de escola antiga, que vou rascunhar o que sinto, os que senti e o que juro sentirei.
Chegou a hora de ser claro, de contar tudo, o amor que nasce em cada acordar de mim, da saudade que cresce a cada minuto passado longe de ti. Chegou a hora de eu ficar tranquilo, desafogado de tantas palavras guardadas, de segurar este enorme amor que me nasceu contigo faz milénios da minha vida.
Sinto cada palpitar do meu coração e acho chegou o momento de te dizer, por carta, o que sempre adiei.
Tu não mexes comigo, tu torturas-me por não estar contigo!
Eu não me escondi, tu não fizeste o sinal na hora certa, no momento combinado.
Te amo desde que nasci e vou fazer mais como?
Tivesse eu um lugar reservado numa cadeira ao lado de ti...
Aqui sentado de pés no zulmarinho me esqueci do que tanto tinha para te dizer hoje.


Sanzalando

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