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10 de junho de 2013

mergulho de frio

Mergulho no zulmarinho me esquecendo que hoje o sol resolveu não sair da toca. Já sei vou tremer parece é caniço em dia de vento quando sair. Mas não faz mal, aí eu penso em ti e a assim não te esqueço e aqueço. Porque eu sei que tu és que nem eu, não desistes, porque a tua loucura é assim como que nem a minha. Tremendo eu me lembrarei que vais fazer estória que não me sairá da memória, em chinês ou alemão, eu me lembrarei do teu nome quando podia ter escolhido tantos outros nomes, escolhi o teu sorriso sem saber que um dia o ia perder. Um dia, vou conhecer quem te faz sorrir quando olhas ao espelho enquanto lavas os dentes e lhe vou dizer que ele é um sortudo e não lhe vou ficar nem com raiva. 
Mesmo quando eu tremo aqui neste dia que o sol não saiu da toca, cantarólo a nossa música, se é que algum dia tivemos alguma, assobio como a te piropar, te beijo como se aqui estivesses. É um dia sem sol, mas amareleja na minha alma, porque consegui ultrapassar todas as barreiras que ergui para me proteger de coisa nenhuma.
Não, não vou esquecer que fui feliz nem infeliz, mas vou-me lembrar mais vezes que um dia, lá na frente eu vou voltar a amar o chão que piso, tremendo de frio ou de doença.
Mergulho no zulmarinho como que para me purificar e um dia receber a tua cara que não deve ser igual àquela que ainda tenho na memória, porque essa o tempo não desgastou a as infelicidades não enrugaram porque não existiram.
Mergulho sabendo que vou tremer porque o sol hoje não saiu da toca e tu deves estar a pensar que eu sou incrível. 
Digo eu arrependido de ter mergulhado.


Sanzalando

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