Percorro estes kilómetros de praia como se caminhasse por pensamentos e sonhos, como que voasse por ideias e desejos, assim sem tropeçar em realidades e amarguras, em lágrimas e dores, em mágoas passados e futuras, em rosas e ou outras flores. Esqueci livros, novelas e filmes. Esqueci quem sou e quem podia ter sido.
Percorro sempre ao lado do zulmarinho, mas pelos vistos, do lado errado.
Esqueço-me de figuras feitas e fantasias impossíveis, de hábitos e manias e de outras velhas vontades. Me conta o presente, o mudar-me, ser diferente, restaurar-me em sorrisos e simpatias e poder ser um teu novo antigo amor.
Percorro o zulmarinho do lado de cá, mas pelos vistos é o lado errado, mas é o lado que escolhi.
Esqueci palavras, frases e poemas decorados, esqueci tudo o que te poderia dizer, as músicas que gostavas de ouvir.
Tudo porque sempre ouvi que não há uma segunda chance quando escolhemos o lado errado que a nosso ver continua ainda a ser o certo.
Sanzalando
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