Por aqui, ao sol, sinto a maresia e refresco-me com a brisa que sopra vinda do zulmarinho, enquanto tento vomitar palavras que digam o que a alma sente, sem ter necessidade de pensar em como me sinto. Poesia, me disseram. Quem me dera ser poeta.
Filosofia já chamaram, fosse eu filósofo.
Enfim, na verdade é que já me afastei tanto de mim que já nem me sinto saudade e quando olho para as estrelas não vejo já o brilho que via outrora.
Bem, parece que o vento tem de mudar de direcção, o olhar tem de mudar de visão e as palavras não podem ser vomitadas porque saem sem sentido, sem lógica e irracionais.
Por aqui, ao sol, projectando a minha sombra na areia de muitas cores poderia dizer que odiei o amor até me ter apaixonado e voltei a odiá-lo depois de me ter decepcionado.
Por aqui, sentindo a brisa que sopra vinda do zulmarinho, decido seguir em frente à espera de encontrar o caminho que me leve até ao meu canto superior, ao paraíso de mim, à floresta interior ou a um simples jardim.
Por aqui me fico, assim.
Sanzalando
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