Sigo por aqui como que em direcção a lado nenhum, sempre pertinho do zulmarinho que é o que me liga ao que me resta da memória. Não sei qual o caminho mas vou sempre em frente porque pior não devo enfrentar.
Sigo por aqui quando podia estar a ver tv, mesmo sem prestar qualquer atenção, podia estar a olhar para o teu retrato de memória, sentir o teu perfume de recordação ou somente ver-te passageiramente numa qualquer lembrança. Mas não, sigo em frente mesmo não sabendo o caminho, mesmo não sabendo que podem existir outros abraços ou carícias num olhar que me olha sem eu ver.
Sigo por aqui quando sei que podia ser a causa do teu sorriso, o planear do teu futuro, mas como não sei o caminho, sigo em frente até encontrar-me, nem que seja em lado nenhum.
Afinal de contas saudade ainda não é paga e não preciso saber o caminho para ela.
Sanzalando
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