Deitado na areia de mil cores olho para longe e me mentalizo: eu vou conseguir! Faço exercícios de aquecimento com os olhos, olho para o esboço de músculos que definem a minha forma projectada na areia. Eu vou conseguir, repito. Mas se por acaso eu não conseguir faz-me um favor, chora muito o que te apetecer, mas não brigues comigo pelo facto de eu ter tentado e não ter conseguido. Se te apetecer rir, podes rir, rir com vontade, mas fica sabendo que eu tentei. Se te contarei coisas a meu respeito não te esqueças que quem te está a contar acrescenta a sua versão, porque a minha é mesmo só a ter conseguido ou tentar conseguir. Se me criticarem, faz favor me defender, foi porque não tive sorte de não conseguir. Eu tentei e vou conseguir. Eu sei, mas te quero preparar para todas as circunstâncias, não vás pensar eu sou um demónio que tentou a vida toda ser boa gente. Eu vou conseguir mesmo que eu tenha de derramar alguma lágrima, mesmo que o meu nadar seja num verde lágrima em vez dum zulmarinho.
Sanzalando
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