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27 de junho de 2013

ouvindo o mar

Ouço a tranquilidade do respirar do zulmarinho, espraiando-se sobre a areia, calmo, sereno e preguiçadamente. Aproveito para escrever o meu diário nas páginas brancas da memória, onde tantas vezes perdi pensamentos, desejos e palavras, que nunca me arrependi de ter dito, excepto as vezes em que sim.
O perfume da maresia, como que afoga os segredos e os leva tão profundamente para os buracos negros da memória, que penso estou vazio e de consciência tranquila.
Rabisco mais umas outras quantas palavras nas páginas brancas da memória e me pergunto porque  me complico por ter de sonhar sozinho? Não me cansei de tudo nem do que tanto quero. Rasuro e me pergunto porque às vezes escurece durante o meio dia? Também há eclipses e elípticas que não são noites nem círculos imperfeitos, são isso mesmo, elípticas. Tenho que ter explicação para tudo?
Ouço a tranquilidade do zulmarinho e de cabeça mergulho nele e respiro suavemente e mesmo que chore sem parar não tenho motivo para isso.
Ouço-me respirar, tranquilamente


Sanzalando

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