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28 de junho de 2013

embevecido

Embevecido olho lá longe, para lá da linha recta que é curva e que lhe chamam de para lá do horizonte. É que ontem falei com conterra que fez aniversário e lhe senti a voz quente de tropicalmente sentida e comovida de eu me ter lembrado e possivelmente não ter falado da galinha que estava em cima da tv. Acho eu era galinha, mas ela dizia era águia. Pormaiores ou pormenores. Acho vou caminhar paralelo à tal linha de horizonte, pois se caminho perpendicular ele se afasta o mesmo que me aproximo e não me apetece brincar com esse tal de horizonte porque eu continuo com o meu e ele que fique com o dele.
Assim como que sendo eu, não sou um gajo de chamar a atenção, não gosto de ser primeiro plano e se houver quem me leve na mão eu vou. Não percebo sinais, mímicas, olhares e sorrisos. Terra na terra e seja o que eu quiser pois não vou em deduções que caem erradas. Não gosto de máscaras, de jogos escondidos, de ouvir só porque é simpático, de calar só porque é educado. Não sou bolo para ser provado. Não estou mais preocupado com o que pensam. 
Embevecido estou porque soube bem ouvir a voz tropicalmente sentida de me chamar conterra.
Assim como que sendo como que nem eu, se me levares na mão e me disseres as palavras todas sem segundos sentidos pode ser eu te acompanhe só até ali, sempre paralelo à linha do horizonte onde um dia eu vou chegar mesmo que tenha de zerar, de fazer um resert à memória, ao sentimento e ao esquecimento.
Embevecido, acordei o sonho adormecido que estava em mim... e entrei em modo verão!


Sanzalando

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