Tropecei na Vida e cai sobre um nó. Eu, Zé de nome e apelido Ninguém, podia juntar Nó ao apelido e ficava assim completo. Vulgarmente Zé, Ninguém por desconhecimento e Nó por emaranhado de ideias. Tenho a felicidade de saber palavras e de lhes buscar a transparência com essência e sem maledicência. Tudo depende da situação já que eu não tenho Sentimentos e elas, as palavras, não me afectam no afectivamente. Gostava de ter também um jeito para o Sentimento, essa habilidade de esquivar a consciência, fugindo de fininho ao nervo, à insónia, ao precipício e ao princípio da Esperança, numa misturadora de encanto fatal que podia levar ao Amor, que é mortal.
Sei que se caísse num precipício alguma mão me iria buscar e eu não teria a fatalidade de morrer de amores.
Zé de nome e apelido Ninguém, continuo a buscar, nas palavras que gasto o significado da escuridão que é o futuro. Junto Esperança ao nome. Zé Esperança de nome completo, Ninguém de Nó como apelidos e fecharei as janelas para evitar ventanias que se constroem à minha volta. Assim sem detalhes e muitos entalhes, acenderei as luzes para esconder a escuridão e defenderei a tese embora pese o que resta de Consciência. Depois de desenvencilhar todos os nós que me amarram poderei substituir a Nostalgia por Alegria, a Neblina por Luminosidade, Raiva cairá por Riso e Remorso trocado por Liberdade já que perdidos os maus lençóis escreverei em novas Escrituras um rol de bens a distribuir pelos sonhos, pensamentos e ideias a criar.
Assim chegado ao fim da estória de Zé Ninguém, como autor e não protagonista, declaro vencida a tese que as palavras são abraços que se abraçam nos cantos da memória com trajectória que sem perfume de flor nos leva ao Amor.
Eu, Zé de nome e Ninguém der apelido, depois de dominar toda a desarrumação que me domina, de tentar preencher os vazios com silêncios sepulcrais, não conseguindo esquivar do que vem escritos em altas escrituras, parto para parte incerta, imigrando em mim, maquilhado de viajante em busca do perdido Amor, de olhares que falam e sinais que dizem tudo.
Assim chegado ao fim da estória de Zé Ninguém, como autor e não protagonista, declaro vencida a tese que as palavras são abraços que se abraçam nos cantos da memória com trajectória que sem perfume de flor nos leva ao Amor.
Eu, Zé de nome e Ninguém der apelido, depois de dominar toda a desarrumação que me domina, de tentar preencher os vazios com silêncios sepulcrais, não conseguindo esquivar do que vem escritos em altas escrituras, parto para parte incerta, imigrando em mim, maquilhado de viajante em busca do perdido Amor, de olhares que falam e sinais que dizem tudo.
Sanzalando
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