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12 de setembro de 2013

Vida


A Vida tem destas coisas, umas vezes parece é boa, outras nem tanto, pelo que eu, Ninguém de apelido e Zé de nome, declaro que é meu dever passar por tudo de cabeça erguida como se tivesse muita força e outra tanta de vontade.
Eu sei que tem dias que tudo parece é difícil, final e ficamos frágeis que nem papel molhado, mas mesmo assim a gente consegue chegar no outro dia, mesmo passando a madrugada difícil onde a humidade podia aumentar a fraqueza do papel.
Eu, Zé Ninguém, sou sozinho uma equipe de força e como equipe faço pela Vida mais que perfeita, mesmo se atacada de Nostalgia, abatida pelo Remorso ou avermelhada de Raiva.
Se tiver que secar lágrimas, ela me seca. Se tiver que ser protegido ela me protege. Se caio, ela me ergue. Se preciso socorro ela me socorre. É a Vida.
Todo o mundo precisa dum porto seguro como um prédio precisa de alicerces, como a Maria do Manuel,  o vice da versa e eu da Vida.
Na Vida tenho os amigos, assim como tenho amigos na Vida e outros que não deveriam ter deixado esta Vida. É a Vida
Eu, Zé de nome e apelido Ninguém, ficam a saber que depois do que eu disser, vou à Vida e não haja ninguém para me julgar. Não há coisa melhor do que termos pessoas na Vida. Nem Nostalgia, nem Neblina, nem Raiva, Ódio ou Ciúme são companheiros seguros e únicos para seguirmos na Vida.
Zé Ninguém, gente confiável e que lê pensamentos, diz que a Vida é caminho certo para a Liberdade e ponto de partida para não perder tempo em correrias e outras manias que nos levam ao Pecado da Inocência e ao Pesadelo do Sofrimento.
Quando se está sem Vida, o próprio não sabe que está morto, o que torna a Vida dos outros difícil. O mesmo é com a Estupidez.
A Vida tem destas coisas, obriga a viver. 


Sanzalando

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